90 dias de inovação no Hub One | Universidade Feevale

90 dias de inovação no Hub One

13/03/2019 - Atualizado 26/03/2019 08h56min

Empresas instaladas na unidade de Novo Hamburgo do parque tecnológico da Feevale comemoram avanços nos negócios

Em apenas três meses de funcionamento, o Hub One de Criatividade e Inovação, unidade do Feevale Techpark em Novo Hamburgo, coleciona elogios e dados animadores. Desde a sua inauguração, em 13 de dezembro do ano passado, a lotação está esgotada. Todos os espaços foram ocupados por 20 empresas que atuam em duas áreas intensivas em conhecimento e inovação (indústria criativa; tecnologia da informação e comunicação). Há fila de espera para novas vagas no espaço que, conforme o reitor da Feevale, Cleber Prodanov, reúne em um mesmo ambiente empreendedores, professores, alunos, empresários e a comunidade.

Além do trabalho desenvolvido pelas empresas, eventos movimentam o Hub One. Alguns deles foram o workshop Startup Funding – como conseguir dinheiro para a sua ideia, realizado no dia 12 de fevereiro pela Pocket Creative Lab em parceria com o Founder Institute, e uma aula da professora Carla Adam.

O Hub One não se trata apenas de um condomínio de empresas, mas de um espaço para conectar pessoas, uma plataforma de interligação onde convergem o conhecimento e a experiência da academia e do empresariado. A universidade investiu cerca de R$ 4 milhões na reforma e adequação do pavilhão, cuja fachada externa foi grafitada pelo artista Rafael Jung.

O prédio tem 1.681,40 m² distribuídos no térreo e no mezanino. Há 23 salas, sendo duas de reuniões, com capacidade para abrigar 200 profissionais em espaços abertos de trabalho compartilhado, salas privativas e incubadora. No centro do andar térreo, funciona o exoHub (foto acima), administrado pela Pocket Creative Lab, destinado a ser um espaço de fomento à inovação.

“Queremos ser um laboratório digital, um canal de comunicação entre corporações, academia e startups”, conceitua Marcelo Borges Almeida, fundador da Pocket. Ele aponta que existem problemas e dinheiro, mas faltam conexões. Para isso, surgiu o exoHub. “Temos background de inovação, e agora temos um ambiente físico para promover eventos, workshopings e networking.” As atividades começaram em fevereiro, mas a inauguração oficial deve ocorrer em março. 

O Hub One propicia a reunião de empresas incubadas e residentes, espaços e laboratórios voltados à graduação, à pós-graduação, à pesquisa e à integração de pessoas. A ideia é eliminar entraves para a criatividade, tanto que alunos, professores, pesquisadores e empresários convivem em um ambiente aberto 24 horas por dia.

O habitat é norteado pelos princípios de produção colaborativa, multidisciplinar, compartilhada e aberta. “O Hub trouxe um posicionamento novo para a universidade e para o parque tecnológico”, avalia o coordenador do Feevale Techpark, Gustavo Piardi dos Santos. “As pessoas já perceberam o quanto esse espaço diferenciado impacta positivamente nos negócios.”

“Nosso plano era que, em um mesmo ambiente, pudéssemos conectar pessoas, empresas com alunos, empresas com empresas e empresas com a universidade, para que possamos ter novos produtos e serviços”, recorda a diretora de Inovação da Feevale, Daiana de Leonço Monzon. Ela comemora os frutos desses três meses, especialmente as conexões e os projetos construídos de forma coletiva. “Destacamos também o fato de os alunos estarem no Hub One, entendendo todo o potencial do ambiente e o quanto podem estar dentro das empresas, trabalhando junto com elas.”
Testing Company

“Há mais ânimo, ritmo de trabalho, sinergia com outras empresas. Temos mais facilidade para troca de ideias e contatos”, descreve Joana Faller, diretora de Marketing da Testing Company, empresa especializada em gestão e controle da qualidade de software. “É um prédio novo, com conceito de inovação, laboratórios e salas específicas. Uma casa nova e bem projetada.”

A Testing foi criada em 2010, vinculada à Incubadora Tecnológica da Feevale, cujo objetivo é oferecer suporte a empreendedores para o desenvolvimento de ideias inovadoras. “Para empresas nascentes, é de extrema importância estar incubada”, afirma Joana. “Sem o apoio de mentores e professores, certamente não existiríamos.” No início, ela e seus dois sócios, Cristiano Baumgartner e Adriano Baumgartner, enfrentaram dificuldades, mas “vencemos adversidades porque recebemos informações financeiras, tributárias e respaldo da universidade”. Depois de três anos, a empresa foi selecionada para integrar o Feevale Techpark.

Joana soube do projeto do Hub One pelo atual reitor da Feevale, Cleber Prodanov, quando ele ainda era pró-reitor de Inovação (2015-2018). “Desde então ficamos atentos, sonhando com a nova estrutura”, conta. Desde que se mudaram para o Hub One, muita coisa mudou para a Testing. Atualmente, 14 pessoas trabalham na empresa, atendendo a dez clientes espalhados pelo Brasil, entre eles Grupo Paquetá, Grupo Sinosserra, MaxMilhas e as agências digitais Hogarth e W3haus. Os planos são de expandir os negócios, e Joana reconhece que o fato de estar dentro da Feevale facilita na hora de prospectar clientes e que a empresa ganhou mais visibilidade por integrar o Hub One.
Nurseme

A trajetória da Nurseme começou em outubro de 2017, quando seus idealizadores participaram do Startup Weekend Novo Hamburgo, realizado na Universidade Feevale. O evento consiste em uma imersão de 54 horas no mundo do empreendedorismo e da inovação, em que profissionais especializados auxiliaram na criação de um modelo de negócios de sucesso. As equipes que conquistaram os três primeiros lugares ganharam, entre outros prêmios, incubação no Feevale Techpark e um ano de mentoria com professores da universidade.

A proposta da Nurseme, que consiste no desenvolvimento de um aplicativo direcionado a quem precisa de serviços de profissionais de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares), ficou em segundo lugar no Startup Weekend. A equipe vencedora era integrada por Debora Freiberger (Administração e Financeiro), Edivanea Zavaski (Curadoria Técnica de Enfermagem), Ieda Marta Forte (Curadoria Técnica e Gestão de Enfermagem), Joner Tadeu Pereira (Comercial) e Mauro Sarmento (Marketing Comunicação e Expansão). Ao time original, em março do ano passado se incorporou Augusto Ortacio, responsável pela área de Gestão e Tecnologia e por outra empresa do Hub One, a Treis Consultoria. 

O propósito da Nurseme é levar aos domicílios atendimento de enfermagem de alta qualidade. Para isso, estabelece uma ligação entre dois segmentos: o público que necessita de cuidados e profissionais com registro no Conselho Regional de Enfermagem (Coren). “O cadastro dos profissionais é bem criterioso, exigimos, além do registro, experiência e especialidades”, comenta Sarmento. “A população quer segurança e qualidade.” O aplicativo apresentará uma lista de procedimentos que podem ser realizados a domicílio e regras para esses serviços. O usuário precisará se cadastrar para verificar serviços disponíveis, valores cobrados e profissionais habilitados que, após o atendimento, podem ser avaliados.

O Nurseme deve ser lançado em junho, com abrangência inicial em Novo Hamburgo e São Leopoldo. A pretensão é expandir para os demais municípios do Vale do Sinos e depois para a Grande Porto Alegre. A remuneração da empresa virá de uma porcentagem cobrada sobre o ganho dos profissionais de enfermagem. Conforme Sarmento, há planos de oferecer, além do atendimento, conteúdo acerca de cuidados de saúde e prevenção. A empresa também pretende ser um ambiente de pesquisa para a área de enfermagem, ampliando assim os vínculos com a universidade. Sarmento comenta que o Hub One é extremamente motivador por conta da modernidade, das instalações e do networking. “O papel da Feevale é essencial, através da mentoria que recebemos”, afirma. “Há muitas conexões viabilizadas pela universidade.”
Talenttare

A Talenttare, empresa de conteúdo e relacionamento focada no ambiente digital e no universo criativo, foi a última a se mudar para o Hub One, no início de fevereiro. Criada pelas jornalistas Mônica Bortolotti e Renata Arteiro em 2013, nos primeiros anos ela esteve incubada na unidade de Campo Bom do Feevale Techpark. Em julho de 2016, as sócias foram para uma sala comercial no centro de Novo Hamburgo.

Quando souberam da criação do Hub One, se empenharam para conseguir um espaço, mas a estrutura estava lotada e já havia inclusive lista de espera. “Queríamos estar mais próximos da universidade”, diz Mônica. E conseguiram. Com a desistência de uma empresa, tiveram a oportunidade de ocupar um espaço no Hub One. “A mudança impactou tudo, a começar pelos clientes, que vêm nos visitar e ficam surpresos com a estrutura”, conta Renata.  

Nove pessoas trabalham na Talenttare, todas do sexo feminino. “Queremos empoderar as mulheres e desmistificar preconceitos. Não há competição, uma ajuda a outra”, explica Mônica. No momento, a empresa tem cerca de 30 clientes dos mais diversos segmentos. O mais recente, a Somos Numa, é uma marca de calçados veganos instalada no Hub One. “Queremos nos envolver mais com a universidade, trazer alunos para cá, trocar experiências e crescer”, descreve Mônica.

 

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