Feevale aprofunda parceria com universidades da Finlândia | Universidade Feevale

Feevale aprofunda parceria com universidades da Finlândia

Reitor recebe finlandesas

Ações terão reflexo no desenvolvimento de Novo Hamburgo e da região

12/03/2019 - Atualizado 15h01min

Pioneira, no Brasil, no relacionamento com instituições de ensino superior finlandesas, a Universidade Feevale vem dando importantes passos em relação a práticas inovadoras e projetos de educação e pesquisa. Nos últimos anos, a Instituição recebeu mais de 150 professores e alunos finlandeses e enviou mais de 100 representantes ao país nórdico. Nesta semana, recebe mais uma comitiva daquele país para tratar sobre as atividades de cooperação para 2019.

Três gestoras da Häme University of Applied Sciences (Hamk) permanecem em Novo Hamburgo até a próxima sexta-feira, dia 15: a diretora de Relações Internacionais, Kati Heikkinen, a diretora de Comunicações Estratégicas, Maria Lassila-Merisalo, e a gerente de Serviços de Informação, Sinikka Luokkanen. A intenção também é discutir um plano de comunicação para o Beyond: Alliance for Knowledge (BAK), acordo trilateral firmado em 2016 pela Feevale, pela Hamk e pela VIA University College, da Dinamarca.

O principal objetivo dessa aliança é ampliar ações para a educação internacional, integrando grupos de pesquisa e internacionalizando empresas vinculadas aos parques tecnológicos das universidades parceiras, dentre outras ações de cooperação. “Nossa relação com a Finlândia é um processo que vem amadurecendo com projetos em conjunto e pesquisa”, ressalta o reitor da Universidade Feevale, Cleber Prodanov. “O que aceleraremos agora é a utilização do que a Finlândia tem de melhor, que é seu processo educacional. Estamos usando isso na capacitação dos professores, porque falar de Finlândia significa falar de qualidade educacional.”

No âmbito da pesquisa, estão em desenvolvimento projetos em três áreas: água, materiais e empreendedorismo. Um dos estudos tem por objetivo desenvolver e implantar banheiros secos – dry toilets – na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, por meio da transferência de tecnologia e inovação. Um dos locais onde está prevista a instalação desses banheiros é o Hospital Escola Veterinário que será construído no Câmpus III da Feevale, no município de Campo Bom. O projeto abarca conceitos sustentáveis, com a utilização, também, de energias renováveis, como placas solares para aquecimento da água e geração de energia e reaproveitamento da água da chuva, por exemplo.

Outro projeto foca na durabilidade de diversos materiais. O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Limpas da Feevale está sendo utilizado para a disposição de diferentes materiais, que ficam expostos às intempéries do clima para avaliação e comparação de sua durabilidade. O estudo aborda a corrosão atmosférica de metais e a degradação em polímeros e materiais compósitos. Os mesmos testes ocorrem na Finlândia e, após, serão comparados.

O projeto que trata da contribuição da universidade para a formação empreendedora visa a avaliar o perfil empreendedor de estudantes e identificar como as ações de extensão podem contribuir para o seu comportamento. Os estudos já foram apresentados em congresso na área de Psicologia e geraram artigo em revista científica. Alguns cursos também foram idealizados pelas instituições parceiras, como é o caso do Gestão Estratégica e do Envelhecimento Bem-sucedido. O objetivo deste é reunir estudantes da Finlândia e do Brasil e analisar semelhanças, programas e estudos sobre o processo de envelhecimento. 

Pioneirismo

Como instituição comunitária, a Universidade Feevale busca contribuir para o desenvolvimento da cidade e da região, mas também busca o protagonismo nacional e internacional por meio de suas ações inovadoras. Ao longo de sua história, a Instituição vem estabelecendo importantes parcerias nacionais e internacionais, buscando atender, de forma qualificada, às demandas educacionais, culturais, sociais, econômicas, científicas e tecnológicas de Novo Hamburgo e da região. Com dois câmpus na cidade e um em Campo Bom, além de polos em 10 municípios, a Universidade está aprofundando as parcerias com instituições estrangeiras, sobretudo com a Finlândia.

A Feevale mantém parceria com a Häme University of Applied Sciences (Hamk) desde 2006. Em 2008, celebrou acordo com a Universidade de Tampere, também da Finlândia, e em 2012, com a VIA University College, da Dinamarca. Recentemente, outro passo importante foi dado com a concretização de um programa de aprimoramento a partir de metodologias desenvolvidas no país nórdico, por meio da Finland University, consórcio que reúne algumas das principais instituições de ensino do país: Universidade do Leste da Finlândia, Universidade de Tampere, Universidade de Turku e Universidade Åbo Akademi.

O acordo firmado no ano passado com a Finland University tem foco em avanços dos projetos educacionais e em práticas inovadoras, prevendo a preparação de professores para que possam adotar metodologias e tecnologias de trabalho das instituições finlandesas. “Nossa parceria com a Finlândia é para mudar o conceito da questão do ensino na Feevale em todos os níveis”, projeta Cleber Prodanov. “O centro do processo é o aluno e sua relação com o professor, e isso impactará todas as nossas ações.”

Prioridade para educação

Rankings internacionais que aferem qualidade da educação entre diversos países posicionam a Finlândia no topo, em todos os níveis educacionais. Esse reconhecimento é fruto de investimentos e de metodologias desenvolvidas há pelo menos 160 anos, quando Uno Cygnaeus (1810-1888) criou o sistema educacional público finlandês. Ele estabeleceu uma metodologia própria, depois de viajar por vários países para conhecer o que havia de melhor em propostas educacionais.

Alguns dos princípios defendidos por Cygnaeus foram o caráter laico das escolas e a criação de uma faculdade para formação de professores, que começou a funcionar em 1862. Os recursos naturais da Finlândia eram água, madeira e frio. Com a estruturação do sistema educacional, foi montada uma escola a cada 15 quilômetros nas zonas rurais.

Em 1969, houve uma grande reforma, que estabeleceu a igualdade como princípio e duas obrigatoriedades: todo cidadão deve estudar até o nono ano e todo professor precisa ter mestrado. Também foi criada uma didática específica para cada disciplina, fruto de pesquisas desenvolvidas para esse fim.

O investimento contínuo do país em educação acabou destacado pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), instituído em 2000, e que afere o desempenho escolar a cada três anos: a Finlândia venceu as três primeiras edições e ficou em terceiro lugar em 2009. Isso despertou um interesse grande pela educação do país.

No total, existem 40 universidades no país. As chamadas científicas, estruturadas a partir da pesquisa e abrangendo todas as áreas do conhecimento nos mais diversos níveis, incluindo estágios pós-doutorais, totalizam 14. As outras 26 têm foco nas ciências aplicadas. Todas as universidades são públicas e oferecem formação básica de cinco anos, sendo três dedicados à graduação em tempo integral e dois ao mestrado. As de ciências aplicadas são responsáveis pela formação pedagógica dos professores do ensino básico ao superior.

Entre o final dos anos 1980 e início dos 1990, as universidades finlandesas passaram a praticar mobilidade acadêmica. Na atual fase de internacionalização, estão interessados em cooperação baseada não apenas no intercâmbio de alunos, mas na formação de professores e na criação de cursos de graduação e de pós-graduação.

 

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