A Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul realizou uma audiência pública nesta segunda-feira, 15 de agosto, na Universidade Feevale. Proposta pela deputada estadual Regina Becker Fortunati (REDE), a audiência discutiu o projeto de tratamento de efluentes de Novo Hamburgo com plantas macrófitas, desenvolvido, de 2012 a 2016, pela Universidade Feevale em parceria com a Comusa e a Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo. 

Participaram do evento a deputada estadual Regina Becker Fortunati; a pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da Feevale, Gladis Luisa Baptista, o pesquisador responsável pelo projeto na Feevale, Gunther Gehlen; o deputado estadual Tarcísio Zimmermann (PT); o presidente do Comitê Sinos, Adolfo Klein; representante da Corsan, Rildo Peres; assessor do Consórcio Pró-Sinos, Délcio Hugentobler; e o coordenador das assessorias técnicas e das relações institucionais da Secretaria Estadual do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado, Valtemir Goldmeier. 

Na ocasião, Gehlen apresentou do estudo realizado pela Universidade e tirou dúvidas dos convidados. Ele explicou que a obra física de uma das estações já está pronta em Novo Hamburgo, no bairro Morada dos Eucaliptos. O convênio entre a Feevale, Comusa e Prefeitura foi finalizado no último dia 14 e, segundo o professor, o uso deste sistema de tratamento depende, agora, unicamente da administração municipal. 

Usado há décadas na Espanha e Holanda, o método é capaz de tratar até 80% do esgoto da cidade (atualmente apenas 4% do esgoto são tratados no município). O processo foi estudado por um grupo de estudantes e doutores da Feevale e contempla o cultivo da planta Thypha domingensis, conhecida como taboa, que realiza naturalmente processo de limpeza do esgoto e pode devolver ao Rio dos Sinos uma água mais limpa. Além disto, as Estações de Tratamento de Esgoto podem ser transformadas em praças e parques, a exemplos de outros países, já que as plantas não exalam cheiro.