O desempenho ambiental obtido pela Universidade Feevale é evidenciado por meio de objetivos, indicadores e ações que são citados a seguir.
Objetivo
Observar os princípios de sustentabilidade socioambiental na Instituição.
% do faturamento bruto investido em melhoria ambiental e formação acadêmica
Total de recursos investidos em melhoria ambiental e formação acadêmica*
- Valor composto pelos custos/despesas incorridos no Grupo Interno de Gerenciamento Ambiental (Giga), entre os quais, os serviços de destinação final de resíduos e tratamento de efluentes. Também são considerados os custos pertinentes aos cursos da área ambiental, como projetos sociais e o Programa de Pós-graduação em Qualidade Ambiental.*
Objetivo
Promover programas de coleta seletiva e minimização de entradas e saídas de materiais, reduzindo o consumo, assim como a produção de resíduos (resíduos não perigosos).
% do esgoto tratado*
2018 | 2019 | 2020 |
---|---|---|
100% | 100% | 100% |
Quantidade de resíduos sólidos destinados à reciclagem por ano
2018 | 2019 | 2020 |
---|---|---|
32,5 t | 37,24 t | 12,53 t |
Quantidade de resíduos sólidos destinados à reciclagem Por ano/tipo
Material | 2018 | 2019 | 2020 |
---|---|---|---|
Papel branco** | 4.687,0 kg | 5.244,9 kg | 1.390,7 kg |
Papel misto*** | 5.293,4 kg | 5.271,3 kg | 2.204,0 kg |
Papelão | 8.809,4 kg | 9.338,0 kg | 2.855,0 kg |
Plástico | 5.306,3 kg | 3.463,4 kg | 1.635,3 kg |
Sucata | 7.428,4 kg | 10.090,5 kg | 3.599,0 kg |
Vidro | 350,0 kg | 3.424,2 kg | 780,0 kg |
Alumínio | 621,1 kg | 406,5 kg | 36,1 kg |
- No Câmpus II há uma estação de tratamento de esgoto. São monitorados os parâmetros de lançamento de efluentes, de acordo com a licença de operação do Câmpus.*
- Grande parte do papel é consumido pelos estudantes na reprodução de materiais acadêmicos, não retornando para a Instituição.**
- Nesta classificação estão inclusos jornais, revistas, papel colorido etc.***
- Em 2020, houve diminuição da quantidade de resíduos sólidos devido à suspensão das aulas presenciais e migração destas para o ambiente virtual.****
Objetivo
Finalizar corretamente o tratamento dispensado aos resíduos produzidos e coletados na Instituição, principalmente materiais não recicláveis ou perigosos.
Descarte específico de máscaras e luvas
A pandemia provocou muitas mudanças, entre as quais, a utilização de máscaras e luvas para proteção individual. Para evitar a contaminação das pessoas que fazem a coleta e, também, prejuízos ao meio ambiente, é necessário que esses materiais tenham uma destinação correta.
A Feevale disponibilizou, em seus espaços, coletores para o descarte desses resíduos, que, posteriormente, são destinados a uma empresa devidamente licenciada, juntamente com os resíduos da área da saúde produzidos na Universidade. Com essa iniciativa, a Instituição está contribuindo para a redução do descarte irregular desses materiais no meio ambiente.
Material | 2018 | 2019 | 2020 |
---|---|---|---|
Resíduos infectantes dos grupos A e E destinados a aterros ou similares (resíduos da saúde)* | 3.145,0 kg | 3.341,0 kg | 3.770,0 kg |
Resíduos infectantes do grupo B destinados a aterros ou similares (resíduos da saúde)** | 145,0 kg | 112,0 kg | 97,7 kg |
Resíduos sólidos classe I e II dos laboratórios da instituição*** | 1.400,0 kg | 2.501,0 kg | 800,0 kg |
Efluentes líquidos dos laboratórios destinados a tratamento**** | 4,61 m³ | 6,35 m³ | 3,86 m³ |
Resíduos encaminhados para descontaminação pela Instituição - lâmpadas | 2.380 unidades | 2.149 unidades | 3.288 unidades |
Resíduos encaminhados para rerrefino pela Instituição - óleo (gerador) | 300 L | 200 L | 200 L |
Quantidade de pilhas enviadas para tratamento e destinação correta | 195,0 kg | 154,0 kg | 42,0 kg |
- De acordo com a RDC Anvisa 222/2018 e Resolução Conama 358/02, são resíduos infectantes:*
- Grupo A: materiais com sangue ou fluidos corporais, como: seringas, gazes, algodão, sondas de aspiração, luvas de procedimentos, drenos, fitas de glicosímetro, frascos de coleta de urina e fezes, espátulas e placas, carcaças de animais utilizados nas aulas práticas, peças anatômicas pequenas, tecidos etc.*
- Grupo B: medicamentos cuja apresentação seja em forma de comprimidos (revestidos ou não), cápsulas, pastas e pomadas.**
- Grupo E: materiais perfurocortantes, como: lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e similares.*
- Em função do vencimento de alguns produtos, foram necessários os descartes, gerando um aumento, em 2018, no volume desse material. ***
- Em 2019 houve aumento de aulas práticas e pesquisa nos laboratórios, gerando um volume maior de efluentes.****
- Em 2020, mesmo com as atividades acadêmicas suspensas, aumentou a quantidade de resíduos biológicos, em função dos cursos da área da saúde e dos testes de Covid-19 realizados para a comunidade.*****
- Lâmpadas: aumentou o descarte, devido à substituição das lâmpadas fluorescentes por lâmpadas led.
- Pilhas: houve redução, em função de não haver movimentação de alunos e comunidade no Câmpus (costumam fazer o descarte do material na Instituição).
- Efluentes e resíduos sólidos classes I e II: houve redução, em função de a Universidade estar fechada, atendendo poucas demandas práticas de ensino.
Objetivo
Desenvolver ações que minimizem a utilização dos recursos naturais, reduzindo o impacto das atividades da Instituição sobre o ambiente.
Autopostagem de TCCs
Implantado no primeiro semestre de 2020 pela Biblioteca, o serviço de autopostagem de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) de graduação otimizou o processo, reduzindo o volume de materiais antes utilizados. A publicação dos arquivos é realizada por meio do canal Meu Pergamum, onde os próprios estudantes inserem seus TCCs, sob aprovação dos orientadores, para postagem pública ou não. No caso daqueles que optarem pela confidencialidade do trabalho, o sigilo ao documento será mantido.
Os arquivos já publicados podem ser consultados no Catálogo On-line da Biblioteca. Com essa ação, a cada semestre cerca de 650 TCCs deixaram de ser impressos em papel para entrega à Instituição, totalizando uma redução de impressão de mais de 100 mil folhas ao ano.
Indicador | 2018 | 2019 | 2020 |
---|---|---|---|
Energia fornecida pela concessionária (em kWh) | 7.122.896 kWh | 6.755.763 kWh | 5.463.056 kWh |
Energia gerada pela Instituição (em kWh) por núcleo de geradores* | 274.227 kWh | 147.585 kWh | 21.699 kWh |
Consumo anual total de energia elétrica (em kWh) | 7.397.123 kWh | 6.903.348 kWh | 5.484.755 kWh |
Volume de água fornecida pela concessionária nos campus I, II e III** | 10.291m³ | 17.169 m³ | 6.169 m³ |
- Energia utilizada na falta de abastecimento de energia pela concessionária.*
- Em 2020, com a redução de pessoas circulando nos câmpus, em função do cancelamento das atividades presenciais, houve diminuição do consumo de água. Poucas atividades foram mantidas, gerando, assim, um consumo menor de água. Em 2019, o aumento do volume de água foi em decorrência da ampliação de prédios na Universidade, tais como: Feevale Techpark, Centro de Tecnologias Limpas, Almoxarifado, prédio sede do curso de Medicina Veterinária e polos de ensino.**
Cidadania ambiental
O Programa em Educação Ambiental para Desastres (Pead) realizou, em novembro, o seminário Reinvenções para o futuro: escola e comunidade tecendo estratégias em educação e cidadania ambiental. O objetivo foi fortalecer as discussões sobre os desastres naturais e auxiliar professores a pensarem em maneiras de trabalhar esse conteúdo em sala de aula. Cerca de 60 professores de escolas públicas de Novo Hamburgo, beneficiários do projeto social Atuação em Desastres Naturais, também participaram de um curso de formação em cidadania ambiental.
Saneamento básico
Professores que atuam em escolas localizadas nos municípios que integram a Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos participaram, em agosto, de um curso de formação sobre educação socioambiental na Bacia. A qualificação foi promovida pela Universidade Feevale, por meio do Programa Educação Ambiental na Bacia Hidrográfica do Vale do Sinos, e pelo Consórcio Público de Saneamento Pró-Sinos. Foram abordados, na ocasião, os quatro serviços de saneamento básico: abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e manejo de águas pluviais e limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
Lixo Zero
De 23 de outubro a 1º de novembro de 2020, Novo Hamburgo se juntou a mais de 100 cidades brasileiras para realizar a Semana Lixo Zero. A Universidade Feevale, por meio dos programas de pós-graduação e extensão na área da Qualidade Ambiental, participou do evento com duas atividades: o workshop Descomplicando a compostagem doméstica e o webinar Poluição plástica e os impactos à fauna e à saúde humana.
Programa de Pós-graduação em Qualidade Ambiental
O reconhecimento do papel do Programa de Pós-graduação em Qualidade Ambiental (PPGQA) como espaço formal de produção de conhecimento avançado no contexto ambiental, englobando saberes das mais diversas áreas nele representada, está alinhado ao compromisso com as orientações da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas. No espírito da priorização da sustentabilidade e da melhoria da qualidade ambiental, as pesquisas desenvolvidas no âmbito do Programa contribuem com os objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos por essa Agenda, em específico, saúde e bem-estar, educação de qualidade, água potável e saneamento, Indústria, inovação e infraestrutura, cidades e comunidades sustentáveis, vida terrestre e paz, justiça e instituições eficazes, no espírito da priorização da sustentabilidade e da melhoria da qualidade ambiental.
Pesquisas na área ambiental
Em 2020, o PPGQA desenvolveu 52 projetos de pesquisa na área ambiental. Três deles são destacados a seguir:
Avaliação e Gestão de Áreas de Deslizamentos e Inundações
A urbanização leva ao desafio de gerenciar a ocupação do solo, de forma a atender às necessidades da população sem degradar a qualidade ambiental. No PPGQA, é construída metodologia de avaliação de susceptibilidade e vulnerabilidade a movimentos de massa e inundações com uso de ferramentas da estatística e do geoprocessamento, verificando a transformação da expansão urbana e estabelecendo diretrizes para a consolidação de um modelo de controle e gestão dessas áreas, em consonância com técnicas de cartografia social e critérios de determinação de vulnerabilidade social. Com esse projeto, foi desenvolvido um aplicativo para identificação de áreas suscetíveis a movimentos de massa e inundações, direcionado à engenharia civil em termos de identificação de necessidades estruturais em obras, de acordo com as características geomorfológicas da área a ser ocupada. O aplicativo também pode ser utilizado como recurso educacional de populações que ocupam áreas suscetíveis, assim como por órgãos públicos para gestão territorial.
Resíduos plásticos
Os resíduos de origem plástica vêm se acumulando de diversas formas, atingindo os ecossistemas naturais. Pesquisas sobre essa temática têm aumentado exponencialmente nos últimos anos, principalmente no que se refere à poluição plástica hídrica e aos impactos ambientais que os resíduos provocam às espécies aquáticas. Pesquisas vinculadas ao PPGQA e ao curso de Ciências Biológicas têm como objetivo detectar a presença desses resíduos em diferentes tamanhos de partículas, especialmente, as nanopartículas, e seus impactos ambientais sobre os organismos vivos na região litorânea média do Estado e na Bacia do Rio dos Sinos. As pesquisas fazem parte de uma rede de pesquisas sobre os impactos ambientais dos resíduos sólidos no Rio Grande do Sul.
Conservação de orquídeas ameaçadas e educação ambiental
As orquídeas formam um grupo de plantas bioindicadoras de qualidade ambiental, pois são muito sensíveis às alterações ambientais e de grande importância para projetos de conservação e restauração de hábitats. No PPGQA, há 10 anos é desenvolvida uma linha de pesquisa com esse grupo de plantas, estudando as áreas de ocorrência, avaliando as características ambientais relacionadas, o comportamento de populações de orquídeas reintroduzidas e os impactos ambientais sobre elas. Ações integradas e interdisciplinares, visando à conservação de orquídeas e dos recursos naturais relacionados, serão o próximo passo, priorizando a educação ambiental e a extensão universitária.
Metabolismo urbano da água
O Programa de Pós-Graduação em Qualidade Ambiental realizou, em outubro, uma aula inaugural com o tema metabolismo urbano da água. A atividade integrou a 20ª Semana Estadual da Água, promovida pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), seção Rio Grande do Sul, que teve como slogan Cuide da água. Compartilhe saúde.