O resgate da presença negra em debate | Universidade Feevale

O resgate da presença negra em debate

Na noite da última terça-feira, 31 outubro, aconteceu a segunda edição do projeto Rodas de Memória, realizado pela Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo em parceria com o grupo de pesquisa Cultura e Memória da Comunidade da Universidade Feevale. Com a temática Visibilidade Negra, o encontro contou com a participação de Jussara Silva dos Santos, Roza Antônia da Silva e Arnildo Dutra, o Fininho. O destaque desta edição do projeto, que também teve a parceria da Coordenadoria da Igualdade Racial, foi o resgate de lembranças que percorreram a presença negra dentro da história de Novo Hamburgo até os dias de hoje.

No encontro, Jussara compartilhou as dificuldades sociais enfrentadas. “Eu era diretora de escola e quando alguma mãe vinha conversar, ficavam perguntando para as outras pessoas quem era a responsável. Eu era ignorada por ser negra”, contou. Dona Roza, como é conhecida, chegou ao município por volta de 1930 e acompanhou boa parte da transformação da cidade, como a divisão de clubes frequentados apenas por pessoas brancas, a formação da Sociedade Cruzeiro do Sul e o auge do calçado. Hoje, com 88 anos, Roza deixou um recado. “Os jovens negros de hoje devem levantar a cabeça e ir à luta. É possível seguir em frente”, afirmou.


Sobre o projeto

Os encontros mensais e temáticos do projeto Rodas de Memória contam com a participação de pessoas e personagens que atuaram dentro de grupos, movimentos e episódios marcantes com objetivo de resgatar memórias contadas por moradores de Novo Hamburgo. Além de preservar histórias, o projeto também é uma ação de empoderamento e valorização de pessoas idosas.

As memórias são compartilhadas de diversas maneiras: oralmente, por meio de músicas, fotografias, identificação de registros documentais, leituras de cartas ou poemas escritos pelos participantes. Assim, é possível traçar um paralelo entre as narrativas oficiais da cidade e as narrativas contadas pelos participantes dos encontros. Por meio dessas memórias pessoais e coletivas, busca-se diferentes maneiras de enxergar a si mesmo e a cidade por estes indivíduos, que estão inseridos historicamente nos processos apresentados.

 

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