Audiência pública debate sobre novos cursos de Medicina no Estado | Universidade Feevale

Audiência pública debate sobre novos cursos de Medicina no Estado

16/04/2015 - Atualizado 17h12min
Instituições comunitárias participaram de encontro realizado nesta quarta-feira, na Assembleia Legislativa

A divulgação feita pelo Ministério da Educação (MEC), na semana passada, da relação das instituições classificadas em 39 municípios selecionados no país para a oferta de cursos de Medicina, motivou a realização nesta quarta-feira, dia 15, de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A iniciativa foi do deputado Tarcísio Zimmermann, que integra a Comissão de Saúde e Meio Ambiente. O encontro contou com a participação de representantes de três universidades – Feevale, Unisinos e Unijuí –, além do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul e da prefeitura de Erechim. Também participaram os deputados Valdeci Oliveira, Silvana Covatti e Jeferson Fernandes. 

No Estado, são quatro os municípios contemplados para ofertar cursos de Medicina: Novo Hamburgo, São Leopoldo, Ijuí e Erechim. Em todos eles, o MEC indicou instituições comunitárias para as primeiras colocações, as quais são, respectivamente, a Universidade Feevale, a Unisinos, a Unijuí e a URI. Na segunda colocação ficaram grandes grupos econômicos, entre os quais a Kroton Educacional, que consta na relação de 17 municípios selecionados no país, entre os quais, Novo Hamburgo e São Leopoldo. O grupo possui, por exemplo, ações listadas na bolsa de valores de São Paulo e no mercado de balcão em Nova Iorque.

Na audiência pública desta manhã, foi demonstrada a preocupação em relação a uma possível escolha dessas universidades, em detrimento das instituições comunitárias, que possuem um amplo relacionamento com a sociedade, visando ao desenvolvimento regional. Na opinião do deputado Tarcísio Zimmermann, há uma margem de incerteza em relação ao desfecho do processo. “Seria frustrante se as instituições já enraizadas nas regiões fossem preteridas para empresas forâneas”, salientou. 

A pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade Feevale, Gladis Luisa Baptista, lembrou o importante papel das instituições comunitárias. Em relação ao projeto de implantação do curso de Medicina, ela destacou que, no caso da Feevale, a proposta abrange cinco municípios: Novo Hamburgo, Campo Bom, Dois Irmãos, Ivoti e Sapiranga. “Trata-se de uma proposta coletiva e participativa”, afirmou. Também participaram da audiência, pela Instituição, o assessor de Assuntos Institucionais, Gabriel Grabowski, e o professor Cleber Ribeiro Alvares da Silva, que deverá coordenar o curso de Medicina, caso este seja aprovado. 

Além de já ter solicitado uma audiência com o ministro da Educação, Renato Janine, o deputado Zimmermann pedirá à presidência da Assembleia Legislativa que também leve ao conhecimento do MEC essa situação. O mesmo deverá fazer o Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung). O MEC divulgará o resultado preliminar das instituições selecionadas no dia 22 de maio e a fase de interposição de recursos começará três dias depois, estendendo-se até 5 de junho. Já a homologação e a divulgação do resultado final estão previstas para 24 de junho. 

O projeto da Feevale

Elaborado a partir de uma parceria com a Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, bem como com os municípios de Campo Bom, Dois Irmãos, Ivoti e Sapiranga, o projeto da Universidade Feevale prevê a oferta de três programas de residência já no primeiro ano de implantação do curso. A Instituição também deverá oferecer uma vaga de residência para cada aluno formado pelo curso e contribuirá para que o hospital público alcance as condições de hospital de ensino, certificando-o. 

Inicialmente, serão oferecidas 60 vagas, em três áreas prioritárias: Atenção à Saúde, Gestão em Saúde e Educação em Saúde. A Feevale pretende formar médicos com perfil generalista, humanista, crítico e reflexivo, competentes para o exercício da Medicina. Os profissionais deverão atuar na prevenção, na proteção, no diagnóstico e no tratamento das demandas de saúde, nos âmbitos individual e coletivo, com base em princípios éticos e bioéticos, e na perspectiva da integralidade da assistência ao ser humano.

A proposta do curso é para turno integral, com duração de 7.550 horas. Na estrutura estão previstos um Centro Integrado de Especialidades em Saúde, um Laboratório de Técnica Operatória e um Laboratório de Simulação. Entre os princípios da formação está a integração com os serviços de saúde da região; a articulação entre conhecimentos teóricos e práticos; a integração entre ensino, pesquisa e extensão; e a participação ativa do acadêmico no processo ensino-aprendizagem.

 
 

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