Naiuri Rigo terminou o ano como uma das principais competidoras das Américas no heptatlo
O ano de 2021 ficará marcado positivamente na vida da atleta Naiuri Rigo Krein, integrante do programa Esporte Universitário da Universidade Feevale. Aos 23 anos, a estanciense se tornou uma das principais competidoras das Américas no heptatlo, uma modalidade do atletismo e do quadro olímpico composta por sete diferentes provas: corrida de 200m e de 800m, corrida 100m com barreira, lançamento de dardo, arremesso de peso, salto em altura e salto em distância.
Com a estabilidade dos indicadores da pandemia, o ano foi de readaptação para a atleta, que voltou a competir com um calendário cheio de disputas. Mesmo assim, a rotina exigiu, além do preparo, uma série de cuidados comuns nesse período pandêmico, marcado por protocolos, como o distanciamento, a utilização de máscaras e a rotina constante de exames.
Se 2020 tinha terminado com o vice-campeonato Brasileiro Sub-23, a atual temporada foi ainda melhor. Naiuri manteve a medalha de prata na edição deste ano do Brasileiro. A constância e a manutenção dos resultados levaram a atleta a ser convocada, duas vezes, para a seleção brasileira pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).
Vestindo verde e amarelo, ela disputou o Sul-Americano Júnior, em outubro, em Guayaquil, no Equador, onde conquistou mais uma medalha de prata, ajudando o Brasil a manter o título por equipes no evento. E, entre os meses de novembro e dezembro, representou o país na primeira edição do Pan-Americano da categoria, em Cali, na Colômbia, com outro bom desempenho: a quarta colocação.
A temporada foi extremamente extensa e muito desgastante. Mesmo com todas as adversidades, o ano foi excepcional, fiz as melhores marcas da minha carreira”, destaca Nauri, acrescentando o apoio da família, da Feevale, do técnico Frederico Davi Staudt e do Instituto Ivoti, que disponibiliza a estrutura para treinamento.
Apesar de não ter alcançado o pódio, ela considera que o Pan foi a principal experiência, pelo fato de ter sido a sua primeira missão oficial a serviço do Comitê Olímpico Brasileiro, assim como pela convivência com atletas de outros esportes. “A sensação de estar dentro da pista com as melhores atletas das Américas e representando meu país é única. Esse quarto lugar é muito valorizado e comemorado, pois é muito difícil de ser obtido pelo nível de exigência”, afirma.
Faltando pouco mais de dois anos e meio para as Olímpiadas de Paris, em 2024, Naiuri vibra com a possibilidade que tem de seguir representando o país e de participar desse ciclo olímpico. “Um ano novo, categoria nova e novas metas e boas perspectivas, principalmente, se eu mantiver o nível de resultados que obtive nos dois últimos anos. É para isso que seguirei trabalhando, mesmo sabendo que tenho colegas de altíssimo nível buscando os mesmos objetivos”, complementa a estanciense.
Em 2022, Naiuri deixa de ser Sub-23 e passará a competir no cenário adulto do atletismo. Entre as principais competições do próximo ano, estão o Troféu Brasil, a Copa do Brasil de Provas Combinadas e os Jogos Universitários Gaúchos e Brasileiros.