Campanha esclarece dúvidas sobre a varíola símia | Universidade Feevale

Campanha esclarece dúvidas sobre a varíola símia

25/08/2022 - Atualizado 15h43min

monkeypox

Promovida pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do RS, iniciativa convidou o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Feevale, Fernando Spilki, para desmistificar questões sobre a doença

Com o objetivo de desmistificar e chamar a atenção para a varíola símia, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS), aborda o tema na campanha Que varíola é essa?. O CRMV-RS convidou o pesquisador, pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Universidade Feevale e membro da Câmara-Pox, grupo de especialistas formado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para estudo do vírus Monkeypox, Fernando Spilki, para esclarecer dúvidas sobre o tema.

O virologista explica sobre a transmissão, sintomas e tratamento.

Este vírus tem uma plasticidade muito grande, uma capacidade importante de se estabelecer e infectar outras espécies, e é seguramente questão de tempo para que se comece a observar infecções principalmente em animais domésticos, que ficam em contato direto com seres humanos. Por isso, é muito importante que as pessoas estejam atentas”, alerta Spilki.

Já o presidente do CRMV-RS, Mauro Moreira, destaca a importância de orientar a população a respeito da enfermidade. “As informações são fundamentais para esclarecer a sociedade e, assim, ajudar a evitar que a doença avance e contamine mais pessoas”, destaca.

Sobre a varíola símia

O que é esta doença?

É uma doença infecciosa que foi identificada, primeiramente, em surtos ocorridos em macacos oriundos do continente africano, em 1958. No entanto, esta varíola não é transmitida por macacos, acreditando-se que o principal reservatório dos vírus sejam os roedores do ambiente africano.

De que forma ocorre o contágio?

A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama e banho. O contágio também se dá entre o contato físico com pessoas sintomáticas; o período de incubação, geralmente, é de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Por isso, pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias.

Quais são os sintomas?

Neste surto, as pessoas contaminadas apresentam lesões, que vão desde a formação de vesículas até de úlceras e, posteriormente, de cicatrizes, que na maioria dos casos não atingem outros órgãos, localizadas, principalmente, na região genital e na face. Pode, em alguns casos (geralmente em crianças), atingir as mãos, os braços e a região do tronco. Antes do aparecimento das lesões da pele, muitos pacientes podem apresentar indisposição, febre e inchaço de linfonodos (gânglios linfáticos).

Como prevenir o contágio?

Principalmente, evitando o contato próximo e íntimo com desconhecidos ou pessoas que possam ter tido histórico de contato com o vírus. Pessoas com suspeita devem buscar, imediatamente, atendimento médico; uma vez que a doença seja confirmada, o paciente deve permanecer em isolamento e evitar contato próximo com outros indivíduos, a fim de conter a disseminação da doença. Não apenas em hospitais, mas também em hotéis e outros locais de permanência, deve-se evitar o compartilhamento de lençóis, cobertores, fronhas, travesseiros e outros, pois o vírus é resistente ao ambiente, especialmente em roupas e roupas de cama. Todo material, nesse sentido, deve ser adequadamente higienizado.

Qual é o tratamento?

Na maioria dos casos, o tratamento é sintomático, com medicações para indisposição, enjoo e mal-estar (sempre a partir de atendimento médico). Em poucos casos, são utilizados antivirais específicos, mas como há efeitos colaterais muito fortes, estes só são aplicados quando o caso é bastante grave, o que, felizmente, ainda é raro para Monkeypox.

Quais são os mitos envoltos na doença?

O primeiro é que, assim como para outras doenças e nesta em específico, não são os macacos que a transmitem. Muito pelo contrário, eles são vítimas e podem se tornar alvo de agressão ou serem mortos por total desconhecimento. Também não se pode atribuir a determinado grupo da população a transmissão de Monkeypox, pois ela pode contaminar a pessoas de todas as idades.

Saiba mais: A campanha completa pode ser acessada nas mídias sociais do CRMV-RS: @crmvrs.

 

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