Criança não é propriedade, é responsabilidade: nova campanha da Feevale evidencia violências cotidianas sofridas na infância | Universidade Feevale

Criança não é propriedade, é responsabilidade: nova campanha da Feevale evidencia violências cotidianas sofridas na infância

03/05/2023 - Atualizado 14h32min

Ação é uma das frentes do convênio Educação Antidiscriminatória, firmado com a Secretaria Municipal de Educação de Novo Hamburgo

Criança na mídia - 1

A Universidade Feevale lançou, em evento nesta terça-feira, 2 de maio, a proposta de 2023 do convênio Educação Antidiscriminatória. A parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Novo Hamburgo se iniciou em 2021 e tem como objetivo construir uma política pública educacional antidiscriminatória no município, formando profissionais da rede pública para que sejam agentes de combate ao preconceito no território escolar. Neste ano, o convênio terá duas frentes norteadoras.

A primeira frente, intitulada Violências em pauta, busca mobilizar diferentes profissionais que impactam o território escolar para que participem de encontros mensais de análise e debate das diferentes camadas de violência que perpassam o cotidiano coletivo, para que possam refletir sobre a proteção das infâncias. As formações são direcionadas a psicólogos, agentes de segurança, assistentes sociais, professores, conselheiros tutelares, jornalistas e demais categorias que demonstrarem interesse; a participação será por adesão, mediante inscrição no endereço www.criancanamidia.com.br/acoes-e-campanhas/violencias-em-pauta.

A segunda frente é a campanha Criança não é propriedade, é responsabilidade, que alerta para violências cotidianas contra o público infantil e, por meio de um conjunto de fotografias, reflete situações e frases que costumam ser direcionadas às crianças a fim de invisibilizá-las ou desvalorizá-las. A campanha é composta por quatro peças, com fotografias e ditos populares que apresentam as temáticas violência psicológica, alimentação compulsória, castigos físicos e desrespeito à intimidade. Nas cenas, pessoas adultas representam situações em que se costuma ver crianças. Os cartazes serão distribuídos nas escolas da rede municipal de Novo Hamburgo e a exposição está disponível para empréstimo, podendo ser montada em diferentes espaços públicos, como prefeituras, unidades de saúde, hospitais e centros comunitários, por exemplo. O empréstimo dos materiais pode ser solicitado em www.criancanamidia.com.br/acoes-e-campanhas/crianca-nao-e-propriedade-e-responsabilidade.

Para a pesquisadora e professora Saraí Schmidt, que coordena o grupo de pesquisa Criança na Mídia – responsável pelas atividades do convênio – as iniciativas em defesa da proteção e respeito às infâncias são uma forma de sanar a dívida que existe com as crianças do passado. “Que possamos oferecer para as crianças de hoje uma infância mais plural e menos discriminatória do que a que tivemos. Esse é o compromisso de cada um de nós”, declarou.

A atividade desta terça-feira, que aconteceu no Salão de Atos do Câmpus II, em Novo Hamburgo, também contou com a presença do pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da Feevale, Fernando Spilki, da pró-reitora de Ensino, Angelita Renck Gerhardt, da secretária de Educação de Novo Hamburgo, Maristela Guasselli, de demais membros do grupo de pesquisa Criança na Mídia e profissionais que atuam no âmbito escolar.

Sobre o convênio

Por meio do acordo, pesquisadores da Feevale compartilham seus estudos e oferecem elementos para a sensibilização de professores e gestores no que diz respeito à educação antidiscriminatória. O desenvolvimento dos trabalhos é liderado pelo grupo de pesquisa Criança na Mídia: núcleo de pesquisa em comunicação, educação e cultura da Feevale, e mobiliza acadêmicos dos programas de pós-graduação em Processos e Manifestações Culturais e Diversidade Cultural e Inclusão Social da Instituição, além da participação do aprimoramento e iniciação científica.

No ano passado, 89 diretores de escolas públicas municipais participaram de sete encontros de formação continuada sobre temas como gênero e sexualidade na escola, violência contra crianças e adolescentes na mídia, dignidade menstrual, visibilidade lésbica e masculinidades.

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