Empresários aguardam definições para retomar negócios, diz vice-presidente da ACI
O V Dinner Talking, realizado pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI-NH/CB/EV), evidenciou a preocupação do meio empresarial em relação ao comportamento da economia brasileira em 2023. O evento aconteceu na última semana, com número recorde de participantes e apoio máster de Universidade Feevale,
Primeiro palestrante da noite, o vice-presidente de economia da ACI-NH/CB/EV e sócio-fundador da Focus Invest Assessoria de Investimentos, André Luís Momberger, afirmou que a falta de informações claras em relação ao futuro ministro da fazenda e à política econômica do governo Lula têm efeito sobre o mercado, como queda no volume negociado na B3, elevação da taxa de juros e alta do dólar.
Com a indefinição, os investidores internacionais ‘seguram’ o fluxo de capitais para o Brasil. O vice-presidente de economia da ACI acrescenta que o Comitê de Política Monetária (Copom) seguirá atento e, seja quem for, o novo ministro da fazenda terá muitos desafios pela frente, como conter gastos, controlar a inflação e adotar medidas para estimular o crescimento econômico, que está projetado para 2,8% em 2022 e apenas 1% em 2023.
Economia global
Para a economia global, André Momberger prevê desaceleração devido aos riscos geopolíticos persistentes. “Os países desenvolvidos vão ter que continuar subindo os juros para conter as pressões inflacionárias”, explica. Na avaliação do vice-presidente de economia da ACI, o cenário global apresenta fatores positivos para o Brasil. Entre os positivos, a mudança geopolítica, a boa imagem do presidente eleito no exterior e a retomada ambiental podem abrir novas oportunidades comerciais para produtos brasileiros no mercado internacional.
Monitorar o mercado
Na segunda palestra, o diretor de Máquinas Erps, Marlos Schmidt, destacou a necessidade de os empresários monitorarem o comportamento do mercado e identificarem fatores para a tomada de decisões em seus negócios. E citou informações de conselhos técnicos de entidades em que atua, como a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), como base para a visão positiva dos negócios em 2023. “Teremos no Rio Grande do Sul muitos investimentos em educação profissional que vão beneficiar o setor empresarial nos próximos anos”, disse. Schmidt prevê que 2023 será um ano de muitos embates para as empresas, mas também de oportunidades às que souberem se diferenciar e atuar em conjunto.
