Economia surpreende no primeiro semestre, mas deve perder força no segundo | Universidade Feevale

Economia surpreende no primeiro semestre, mas deve perder força no segundo

29/07/2022 - Atualizado 16h

prato principal julho

Prato Principal aconteceu nesta quinta-feira, 28, com apoio máster da Universidade Feevale

O Prato Principal de julho, realizado pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha e Dois Irmãos (ACI-NH/CB/EV/DI), contou com palestra do economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre, Oscar Frank. Com apoio máster da Universidade Feevale, o evento aconteceu nesta quinta-feira, 28, no Swan Tower Hotel, em Novo Hamburgo.

De acordo com Frank, o desempenho da economia brasileira no primeiro semestre surpreendeu positivamente. O PIB, que em março tinha projeção de alta de apenas 0,30%, teve, em julho, variação de 1,93% em relação ao mesmo período do ano anterior. “O retorno de atividades presenciais e a demanda reprimida por alguns segmentos, o impacto da alta das commodities sobre a atividade econômica e as políticas de expansão da liquidez por parte do governo federal contribuíram para este desempenho positivo superior ao esperado”, afirmou.

Mas, conforme Frank, no segundo semestre os vetores positivos perdem força com o fim dos efeitos da chamada “Pec dos Benefícios”, que reduziu o ICMS em bens e serviços essenciais e os impostos federais sobre gasolina e etanol. “A crença é de que estamos antecipando o crescimento que estava contratado em 2023 para 2022”, disse. Para o economista, o crescimento da economia no próximo ano será de apenas 0,49% e a inflação alcançará a casa dos 5,30%, superior à meta, que é de 3,25%.

Comércio varejista

Oscar Frank disse que alguns setores do comércio varejista, como fármacos e cosméticos (26,4%), material de construção (6,4%) e hipermercado e supermercados (3,0%), têm, neste ano, vendas superiores às de igual período de 2019, enquanto outros, entre os quais veículos e peças (-15,7%) e tecidos, vestuário e calçados (-2,8%), sofrem com a inflação alta e a escassez de insumos. “A reversão depende da melhora do cenário, especialmente da redução das taxas de juros e da volta da confiança das famílias para retomar o consumo de bens não essenciais”, justificou.

 

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