Em reunião nesta quinta-feira, 4, Universidade Feevale e SMED NH abordarão os resultados do ano passado e as ações previstas para este ano
O pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da Universidade Feevale, Fernando Spilki, se reunirá nesta quinta-feira, 4, com a diretora de Educação de Novo Hamburgo, Neide Vargas. Durante o encontro, que acontecerá na Reitoria, às 14h, serão discutidos os resultados de 2023 do convênio Educação Antidiscriminatória e planejadas as ações para este ano. Por meio deste convênio, lançado em julho de 2021 pela Feevale e pela Prefeitura de Novo Hamburgo, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SMED), os pesquisadores compartilham suas pesquisas com o objetivo de oferecer elementos para a construção de uma política pública educacional antidiscriminatória no município.
O trabalho, liderado pelo grupo de pesquisa Criança na Mídia: Núcleo de Pesquisa em Comunicação, Educação e Cultura, da Universidade Feevale, foi iniciado de forma online durante a pandemia de Covid-19 e teve prosseguimento de forma presencial, por meio de uma sequência de formações docentes e materiais pedagógicos, ratificando o comprometimento da Feevale em buscar alternativas para atender às demandas da comunidade diante dos desafios da educação no século XXI.
Na reunião, a pesquisadora Saraí Schmidt, coordenadora do grupo Criança na Mídia, e sua equipe apresentarão um balanço dos resultados obtidos no último ano. A formação realizada com a rede pública mobiliza acadêmicos dos Programas de Pós-Graduação em Processos e Manifestações Culturais e Diversidade Cultural e Inclusão Social, além da participação do aprimoramento e iniciação científica.
Os resultados obtidos com o convênio, até o momento, apontam que as formações realizadas nesses anos da experiencia da união da Feevale e escola pública foram de extrema importância para a reflexão, a desconstrução e a (re)construção de novas práticas possíveis e antidiscriminatórias, tanto dentro da escola quanto com a comunidade. “Em 2023, o convênio teve um avanço significativo, tendo como diretriz a realização de um conjunto de ações desenvolvidas ao longo do ano”, afirma Saraí, que é doutora em Educação.
A professora Saraí atribui os resultados positivos da parceria ao empenho dos pesquisadores, associado ao acolhimento total da Secretaria Municipal de Educação. “Sem dúvida, tivemos uma cumplicidade muito potente entre a Universidade e a SMED NH. Temos o empenho da Secretaria para mobilizar a discussão sobre os direitos humanos na comunidade escolar, assim como o desejo das escolas em buscar essa formação para ampliar o debate”, diz a professora.
Os subsídios teóricos abordados nas formações foram fundamentais para embasar uma mudança de perspectiva e de comportamentos na comunidade escolar. Em 2024, a ideia é avançar ainda mais para ampliar as informações a respeito das infâncias, educação, famílias e direitos humanos nos territórios plurais de Novo Hamburgo. Dentre as propostas previstas está a continuidade da integração com o projeto de extensão Cidade Viva e com a disciplina Comunicação Cidadã, para o desenvolvimento da campanha antirracismo Cadê a Minha Rua? Além disso, a formação intersetorial Violências em Pauta: enfrentamentos antidiscriminatórios no território escolar e o prosseguimento da campanha Criança não é propriedade, é responsabilidade.
Segundo Saraí, as recentes pesquisas indicam a existência de correlação entre preconceito, discriminação e aprendizagem dos estudantes. “É preciso humanizar os dados e potencializar um processo de mudança no ambiente escolar para promover a diversidade. Nosso convênio envolve ações específicas e pontuais que visam a uma mudança de comportamento. A proposta deste acordo de cooperação é o desenvolvimento de um programa piloto, sem custos para os cofres públicos e significativo impacto social”, destaca.