Empresa do Feevale Techpark desenvolve nanomembrana pulverizável para aplicação em máscaras faciais | Universidade Feevale

Empresa do Feevale Techpark desenvolve nanomembrana pulverizável para aplicação em máscaras faciais

27/08/2020 - Atualizado 14h02min

Ainda na fase de testes, produto da Goyalab tem potencial de proteção contra patógenos, incluindo o coronavírus

A Goyalab, empresa estabelecida na unidade de Campo Bom do Feevale Techpark, está em processo de desenvolvimento de uma nanomembrana pulverizável de proteção contra patógenos – incluindo o coronavírus SARS-CoV-2 – para aplicação em máscaras faciais. Trata-se de uma emulsão de etanol com adição de polímeros modificados, produzidos a partir de polissacarídeos acidificados. De acordo com Frederico Behrends Kraemer, director of Operations da Goyalab, a solução foi criada com base na literatura disponível acerca da persistência do coronavírus nas superfícies e nas estratégias de inativação com o uso de agentes biológicos e desinfetantes químicos e nas características elétricas (atração e repulsão) que possibilitam utilizar tecnologias que criem campos elétricos para obter a retenção de partículas virais.

testes NanoGuard

Preparação de tecido para análise

Ainda em fase de pesquisa, os testes, contudo, indicam que o composto tem grande possibilidade de aplicação para proteção, já que foi observado que as características dos materiais, uma vez que aplicado o produto, foram alteradas. “Foi observado que, ao ser pulverizado, o material cria uma malha eletroestática positiva, de caráter catiônico, que resulta na rápida expulsão do coronavírus, dificultando a sua permanência em superfícies porosas e não porosas”, explica Kraemer. Há necessidade de mais estudos em função das diferentes características eletromagnéticas e de cargas e massas entre os diversos tipos de vírus.

Os testes estão sendo feitos nos laboratórios do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Materiais e Processos Industriais e do mestrado em Virologia da Universidade Feevale. Nesse sentido, e para um produto como este, a nanotecnologia desempenha um importante papel. “Os equipamentos utilizados para avaliações nanotecnológicas nos permitem controle de materiais em nanoescala, possibilitando que se manipule os elementos de maneiras nunca antes testadas e, portanto, revelando inúmeras utilizações e aplicabilidade para criação de novas soluções”, esclarece o Kraemer.

O diretor avalia que, pelo fato de a nanotecnologia para aplicação em máscaras faciais ser muito disruptiva, requer muitos testes antes de chegar até as prateleiras. “A diversidade de materiais a ser utilizado em máscaras faciais, assim como as características próprias dos vírus alvos representam um grande desafio. Nosso intuito, no entanto, é ter o produto disponível antes do final do ano”, afirma Kraemer.

Para Kraemer, a parceria junto à Feevale possibilita um intercâmbio de trabalhos muito interessante, permitindo acesso aos diferentes profissionais que atual nas mais diversas áreas de conhecimento. “Além disso, temos acesso a infraestruturas que, de outra forma, seria complicado para uma empresa startup como a nossa”, avalia.

Quando se trabalha em parceria com estes profissionais, novas possibilidades e caminhos são desenvolvidas, incluindo aprimoramento de outras tecnologias, assim como embasamento científico para futuros projetos, gerando uma relação de trabalho e confiança a longo prazo”, completa Kraemer.

 

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