Pesquisa será realizada pela Universidade Feevale, em parceria com a secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado
Uma iniciativa inédita pode ser tornar um divisor de águas na forma como a sociedade e poder público encaram as tradições gaúchas. A Universidade Feevale, em parceria com a secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, vai mapear o potencial econômico da cultura gaúcha.
É a primeira vez que um estudo detalhado e científico se propõe a medir emprego e renda gerados pelas tradições gaúchas, o que envolve segmentos como produção de erva-mate, mercado do cavalo crioulo, rodeios e atividades em Centros de Tradições Gaúchas (CTGs). “Temos hoje uma movimentação em vários eventos que a cultura gaúcha movimenta na economia do Rio Grande do Sul e nunca tivemos um estudo quantificando os impactos disso no Produto Interno Bruto (PIB)”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Ernani Polo.
Parte dessa cadeia produtiva é visível, como, por exemplo, fábricas de indumentária. Mas há detalhes que não se percebe, como o combustível gasto por frequentadores de rodeio para o transporte até as festas campeiras. Só em eventos com cavalos foram 3,4 mil realizados no Rio Grande do Sul em 2019, antes da pandemia, segundo dados da secretaria da Agricultura do Estado. O reitor da Feevale, Cleber Prodanov, diz que o estudo vai possibilitar diversos benefícios e servir de base para políticas públicas de fomento às tradições.
Segundo Prodanov, a Feevale fará uma análise inicial, reunindo estudos que já existem e propondo uma metodologia. “É um setor econômico e cultural extremamente importante, ligado à nossa identidade e ao nosso desenvolvimento. Como um gestor público vai propor uma política e dirigir recursos, transportar para o turismo, por exemplo? Tendo um estudo e trabalho sério e científico, com apoio de todas as entidades, e colocando no mapa do desenvolvimento do Rio Grande do Sul o gauchismo”, afirma o reitor, que nesta semana esteve reunido com outras entidades para tratar do assunto, juntamente com o economista José Antônio Ribeiro de Moura, professor da Universidade.