Artigo oriundo do mestrado em Administração analisou organizações que adotam práticas ambientais, certificadas pelo Sistema B

O artigo Understanding B Corporations as Hybrid Organization, de autoria da Ana Cláudia Wecker, aluna, e da professora Cristiane Froehlich, ambas do Mestrado Acadêmico em Administração da Universidade Feevale, será apresentado de forma on-line na 13th International Social Innovation Research Conference. O evento, principal conferência interdisciplinar de pesquisa em inovação social no mundo, ocorrerá entre os dias 8 e 10 de setembro na Università Cattolica del Sacro Cuore, em Milão, Itália. Com o tema Enabling the change! Social innovation and enterprises for a better future, a conferência enfoca em como podemos avançar em direção a sociedades justas e sustentáveis ??por meio da inovação social e iniciativas de empreendedorismo social.

Sobre o estudo

O artigo Understanding B Corporations as Hybrid Organization analisa as empresas B (B Corps), que vêm ganhando destaque na busca por soluções com impacto socioambiental positivo, pois sua intenção é “ser empresas melhores para o mundo e não apenas do mundo”. As empresas B são certificadas pelo Sistema B, parceiro do B Lab, que tem como objetivo expandir o movimento na América Latina. No Brasil, por exemplo, há mais de 150 empresas com essa certificação. Enquadradas em alguns estudos como organizações híbridas, essas empresas buscam inserir os valores sociais e ambientais em suas estratégias. O estudo tem como objetivo verificar as práticas socioambientais realizadas pelas empresas B, e as vantagens e os desafios encontrados diante desse movimento.

Para isto, foi realizado um estudo qualitativo, por meio de documentos e entrevistas semiestruturadas com 11 empresas certificadas como B. Os principais resultados mostraram, como motivadores para a certificação, a busca por objetivos socioambientais, o reconhecimento por sua preocupação com a sociedade e o meio ambiente e a atração de investidores de impacto. “Ainda há necessidade de maior divulgação do movimento para ampliação e fortalecimento da rede. No entanto, trata-se de uma comunidade que partilha dos mesmos valores, possibilitando trocas e interações entre si”, concluem as pesquisadoras.

Ana Cláudia Wecker

Cristiane Froehlich