Feevale integrará rede para investigar patógenos emergentes na Amazônia | Universidade Feevale

Feevale integrará rede para investigar patógenos emergentes na Amazônia

10/05/2024 - Atualizado 14h30min

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Instituição participará da iniciativa Vivera, do Instituto Todos pela Saúde

Segundo apontam pesquisas recentes, a Amazônia é indicada como potencial local de surgimento de uma nova pandemia, em razão do desmatamento desenfreado e da crescente inserção humana em habitats de animais silvestres, atividades que aumentam o risco de zoonoses (doenças infecciosas que saltam de animais para humanos). Por isso, o Instituto Todos pela Saúde apoia e articula redes para desenvolvimento da Vigilância de Vírus e Outros Patógenos Emergentes na Amazônia (Vivera). Entre as instituições participantes da iniciativa, está a Universidade Feevale, por meio do Laboratório de Microbiologia Molecular e do mestrado em Virologia.

O projeto Vivera avaliará a exposição a vírus e outros patógenos durante as atividades de caça, abate, processamento, armazenamento e consumo de animais domésticos, domesticados e silvestres pelos povos originários, além de construir um plano-piloto de vigilância genômica aplicável às comunidades indígenas. A Feevale realizará estudos utilizando a metagenômica - que é a análise genômica da comunidade de microrganismos existente em um determinado ambiente – no Laboratório de Microbiologia Molecular, no Câmpus II, em Novo Hamburgo.

Conforme explica o virologista e pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da Feevale, Fernando Spilki, esse é um esforço capitaneado pela Universidade do Estado do Amazonas, com a proposta de trabalhar fortemente na preparação contra novas pandemias. Isso significa estudar não apenas as populações dos povos originários que vivem naquelas regiões, mas, também, os próprios animais que eles criam, tanto como estimação, ou como fonte de alimento, sejam eles domesticados ou capturados por meio da caça, com o objetivo principal de investigar a circulação de possíveis patógenos que possam ter potencial zoonótico, ou seja, fontes de novas pandemias.

Além disso, tem-se a ideia auxiliar na conservação desses animais, saber o que circula de possíveis ameaças à saúde entre eles, para poder contribuir, também, com a conservação da saúde das populações que vivem nesses territórios indígenas”, pontua Spilki.

O estudo será realizado em dez comunidades indígenas situadas nos municípios de Tabatinga, São Paulo de Olivença e Benjamin Constant, no Amazonas, pertencentes às etnias Kokama, Kambeba e Ticuna. De forma pioneira e para garantir a implementação do plano que será estruturado, as populações serão coparticipantes em todas as etapas do projeto. O objetivo é abranger 60 famílias que têm a caça de animais como atividade de subsistência, ou seja, de caráter não predatório, totalizando, ao menos, 300 indígenas e 500 animais ao longo de dois anos. O material coletado dos animais será analisado utilizando técnicas moleculares e sorológicas. A pesquisa está em fase de autorização ética nas diferentes instâncias necessárias.

Além da Universidade Feevale e da Universidade do Estado do Amazonas, participam do estudo a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazônia) e a Universidade de Duke (Estados Unidos).

Sobre o ITpS

O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) é uma entidade sem fins lucrativos criada em fevereiro de 2021 pela iniciativa Todos pela Saúde, do Itaú Unibanco, com o objetivo de ajudar a articular redes e desenvolver competências que auxiliem no preparo para o enfrentamento das futuras emergências sanitárias no Brasil, como surtos, epidemias e pandemias.

 

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