Material foi tema do Prato Principal desta quinta-feira, que teve a participação do reitor da Universidade Feevale, Cleber Prodanov
Da esquerda para a direita: reitor da UCS, Evaldo Antonio Kuiava; presidente da Sicredi Pioneira, Tiago Luiz Schmidt; e reitor da Feevale, Cleber Prodanov. Crédito: Deividis Beust
A indústria calçadista do Vale do Sinos é uma das parceiras da UCSGRAPHENE para o desenvolvimento de novas aplicações para o grafeno, material leve e transparente derivado do grafite que já é utilizado na indústria automobilística, na construção civil e na indústria militar, entre outras. Este foi o tema do Prato Principal, evento realizado pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI-NH/CB/EV) nesta quinta-feira, 31 de março, com apoio máster da Universidade Feevale. O evento contou com a participação do reitor da Instituição, Cleber Prodanov.
Conforme o professor Diego Piazza, professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e coordenador da UCSGRAPHENE, que foi o palestrante do evento, as conexões com empresas da região estão adiantadas e fatores como dinâmica, velocidade e engajamento ampliam as possibilidades de utilização do grafeno na produção de calçados mais leves e resistentes. O grafeno, oriundo do grafite, foi isolado pela primeira vez em 2004, na Inglaterra, pelos cientistas Andre Geim e Konstantin Novoselov, em pesquisa que ganhou o Prêmio Nobel de Física em 2010.
É um material de elevada transparência, leve, maleável e resistente ao impacto e à flexão, além de excelente condutor térmico e elétrico, entre outras propriedades. É o material mais leve e forte do mundo (200 vezes mais resistente do que o aço), superando, até mesmo, o diamante. Uma folha de grafeno de 1 metro quadrado pesa 0,0077 gramas e é capaz de suportar até 4 kg.
Também é o material mais fino que existe (da espessura de um átomo ou 1 milhão de vezes menor que um fio de cabelo). Por ser uma tecnologia disruptiva, o grafeno tende a competir com tecnologias existentes e substituir materiais com décadas de uso. Suas aplicações permitem desenvolver produtos com alta resistência mecânica, capacidade de transmissão de dados e economia de energia.