Atividade acontece em parceria com curso de Direito da Universidade Feevale
A experiência de participar de um julgamento, com todos os seus aspectos, desde as estratégias de defesa e de acusação. Esse foi o desafio proposto a estudantes do 4º ciclo do Ensino Fundamental da Escola de Aplicação Feevale que, nesta sexta-feira, 3, participaram de um júri simulado, por meio do projeto Júri: em busca de justiça, em conjunto com o curso de Direito da Universidade Feevale. A atividade foi realizada no Salão de Atos do Câmpus II da Instituição, e contou com a participação do professor do curso de Direito, Diogo Machado de Carvalho, que atuou como juiz.
Conforme o coordenador pedagógico da Escola, Iuri Guilherme Arnold, uma das habilidades que devem ser trabalhadas, a partir da Base Comum Nacional Curricular (BNCC), é a argumentativa, e o projeto Júri: em busca de justiça vem ao encontro dessa ideia ao auxiliar a desenvolver, além da argumentação escrita, a expressão oral.
Essa já é uma parceria de três anos com o curso de Direito, e temos à disposição um câmpus em que podemos ter essas atividades. Construímos um caso em base em um acontecimento real, mas adaptado para a realidade e idade dos estudantes, em uma atividade na qual eles possam se articular, falar e expor suas ideias”, explica Arnold.
De acordo com a também coordenadora pedagógica da Escola, Micheline Krüger Neumann, a estrutura da Universidade e o apoio do curso de Direito são fundamentais para o sucesso do projeto. “A cada ano, temos um caso diferente e, para isso, contamos com a parceira dos acadêmicos e professores do Direito. Os graduandos vão até a Escola, discutem artigos, auxiliam nossos estudantes na construção de sua argumentação e tudo culmina no julgamento”, relata. A professora explica que a atividade conta com cinco advogados de defesa e cinco de acusação, testemunhas e júri, em uma verdadeira encenação. Quando os estudantes começam o ciclo já têm a expectativa de participar desse projeto, e esse é o produto final”, diz.
O professor do curso de Direito Diogo Machado de Carvalho, que atuou como juiz, acredita que a iniciativa ajuda a fortalecer a defesa de direitos e possibilitar a compreensão do caráter interpretativo das leis. “A atividade é um relevante elo entre a Escola e a Universidade, pois possibilita ao graduando o papel de assessoramento do aluno básico, auxiliando-o diretamente na construção jurídica dos discursos acusatórios e defensivos. Ou seja, há uma troca de conhecimentos e experiências, uma ação na qual todos saem vencedores”, ressalta.
Para a estudante Amanda Heinz Grosse, de 15 anos, essa foi uma atividade muito interessante e que proporcionou um “gostinho” do que é o Direito.
O júri já despertou o meu interesse, porque sempre pensei que o Direito fosse uma coisa chata, mas me fez repensar muitas coisas. Nós estudamos o caso, ficamos bem nervosos, mas no fim foi muito legal”, afirma Amanda.