Após o sucesso da curta temporada em Porto Alegre, no mês de março, Nathalia Timberg retorna ao Rio Grande do Sul. Desta vez, no Teatro Feevale, no dia 26 de maio, 18h, para apresentar o documentário cênico Através da Iris. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site www.uhuu.com, com preços variando entre R$30 e R$90.
“More is more, less is bore” "Mais é mais, menos é chato", uma brincadeira com o velho “Menos é mais”, é o lema da nova-iorquina Íris Apfel, 97 anos, empresária, designer de interiores e hoje uma das maiores referências mundiais na arte pop e no mundo fashion. É sobre esta mulher que fala Através da Iris, solo de Nathalia Timberg com texto inédito de Cacau Hygino e direção de Maria Maya. A peça faz parte das comemorações pelos 90 anos de Nathalia, que se completam em 2019, com a atriz em plena atividade artística. A peça tem patrocínio da Renner, direção de produção de Bruna Dornellas e Wesley Telles, da WB Produções, e a produção local da Little John.
Por meio das ideias arrojadas e do humor ácido de Iris Apfel, a peça é um elogio à liberdade de ser e de se expressar, em qualquer tempo da vida. Apfel inspira e surpreende artistas e criadores mundo afora com sua autenticidade e pensamento. Suas ousadas misturas ao se vestir, seus acessórios exuberantes, os óculos gigantes e roupas multicoloridas falam sobre a independência a que todo tem direito. Sobre experimentar – e se experimentar – sem medo do julgamento.
Quando ainda atuava como designer de interiores, Iris, junto ao seu marido, Carl Apfel (que faleceu em 2015, aos 100 anos), viajava o mundo em busca dos tecidos perfeitos para a clientela ilustre que incluía nomes como Estée Lauder, Jacqueline Kennedy Onassis e Greta Garbo. A dupla foi chamada para decorar a Casa Branca por nove mandatos: Truman, Eisenhower, Nixon, Kennedy, Johnson, Carter, Reagan e Clinton. Aos 84 anos de idade, a designer foi surpreendida por uma virada em sua vida: passou a ter seu estilo reverenciado pelo mundo todo depois se tornar tema de uma exposição no Metropolitan Museum de Nova York, onde inicialmente seriam apresentados cinco looks seus em uma pequena galeria. Mas o evento se transformou numa exposição inteira com mais de 80 looks e cerca de 150 mil visitantes.
Sinopse
Nathalia Timberg está em cena como Iris Apfel dando uma entrevista - ela abre sua casa e divide, com uma suposta equipe jornalística, suas histórias e opiniões sobre os mais variados assuntos, sem papas na língua.
A montagem
Nas palavras da diretora: “O que mais me interessa durante o processo de construção teatral é a possibilidade de se estabelecer inúmeros pontos de vista sobre a mesma obra ou, no nosso caso, sobre a mesma pessoa. Quando me deparei com essa figura excêntrica, icônica que é Iris Apfel, eu, de imediato, fiz a minha escolha. Transpor para cena não aquela mulher com todos seus acessórios e marcas. Mas sim me apropriar do ser humano que estava por trás disto, aproximando o espectador deste universo, que para mim não era somente estético. Estabeleci minha encenação por vias do teatro documental, na tentativa de ultrapassar essa linha tênue entre realidade e ficção. Onde as questões abordadas são pertinentes a qualquer geração, em qualquer tempo, afirmando verticalmente um pacto com o real.”
A diretora Maria Maya, em parceria com o autor Cacau Hygino, concebeu o espetáculo como um documentário cênico. Os depoimentos da atriz no palco se misturam às suas aparições em vídeos projetados no cenário. As ações presenciais dialogam com as ações virtuais, numa interação em tempo real. O cenário de Ronald Teixeira é uma grande caixa vazada por janelões, por onde vemos o interior da casa de Iris, com sua exuberância e barroquismo – objetos multicoloridos que vão desde velas e obras de arte a bichos de pelúcia e flores, além de duas coloridas poltronas bergère.
Sobre Nathalia Timberg
Carioca, nascida em 1929, Nathalia Timberg é uma das mais importantes atrizes brasileiras. Com longa história no teatro, no cinema e em televisão (desde o lendário Grande Teatro Tupi, da extinta TV Tupi), atuou num sem número de teleteatros e telenovelas, assim como de um dos primeiros telejornais da Rede Globo, o Tele Globo. Tornou-se um mito aos olhos do público durante a exibição de “O Direito de Nascer”, nos anos 1970. Alguns de seus trabalhos são considerados clássicos da teledramaturgia.
Reconhecida por sua vasta carreira no teatro e na televisão, foi no cinema que teve sua primeira experiência artística. Aos seis anos, fez uma participação especial no filme O Grito da Mocidade, de 1937. Só voltaria a trabalhar numa produção cinematográfica mais de 20 anos depois. Coleciona em seu histórico mais de 40 peças teatrais, cerca de 08 obras cinematográficas e mais de 64 trabalhos na televisão, entre minisséries, programas e novelas. Consagrada pelo público e pela crítica, foi indicada a inúmeros prêmios por sua atuação e homenageada em importantes eventos relacionados ao cinema, ao teatro e à televisão.
Mais informações sobre o evento, podem ser obtidas no site do Teatro Feevale: https://bit.ly/2HgSTjs