Professor Fernando Spilki coordena estudo que identifica as mutações do coronavírus no país
O pesquisador Fernando Spilki, professor da Universidade Feevale e coordenador da Rede Corona-ômica da Rede Vírus, vinculada ao Mistério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), participou nesta quinta-feira, 4, de uma conferência internacional que reuniu os líderes de aconselhamento em ciência e tecnologia de diversos países, com mediação da National Science Foundation, dos Estados Unidos. Spilki, que coordena o principal estudo que identifica as mutações do coronavírus no Brasil, apresentou os resultados da pesquisa de monitoramento e identificação de novas linhagens do coronavírus, que já foram encontradas no Amazonas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
O ministro Marcos Pontes e o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, também participaram do encontro com pesquisadores do Reino Unido. A conferência teve como tema as ações de pesquisa, sequenciamento e impacto das variantes do vírus identificadas nos dois países.
As conclusões iniciais dos dois países são de que as mutações do vírus são mais contagiosas, afetam mais jovens e podem estar relacionadas a um aumento na taxa de letalidade da pandemia da Covid-19. Ainda não há evidências de que os pacientes infectados pelas novas variantes desenvolvem quadros mais graves da doença.
Conforme Spilki, os esforços da Rede Corona-ômica para sequenciamento e vigilância de novas variantes em circulação no Brasil continuarão.
Os genomas sequenciados já foram depositados em bases internacionais e serão descritos em publicação científica”, enfatizou.
Durante a reunião, o ministro Marcos Pontes ressaltou a importância da parceria e do trabalho conjunto entre os países no combate à pandemia. Ele lembrou que a Rede Vírus MCTI estabeleceu uma série de ações para prevenção, diagnóstico e tratamento da Covid-19 no país. “Podem contar 100% com o MCTI para compartilhar informações e trabalhar em soluções para conter essa pandemia e também em outros setores de ciência, tecnologia e inovação”, destacou. Já o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, reforçou que estão sendo feitos estudos in vitro para verificar se essas novas variantes do vírus infectam mais e se podem afetar pacientes já contaminados pela Covid-19 e também os que já foram vacinados.