Atividade do Ser Educação aconteceu nesta terça-feira, 10, na Universidade Feevale
A terceira edição do Painel Ser Educação, realizado nesta terça-feira, 10, no auditório do prédio Azul, na Universidade Feevale, deixou como recado a necessidade de “tornar visível”. Com o tema Educação inclusiva, o bate-papo, promovido pelo Grupo Sinos, abordou os avanços e desafios da diversidade e inclusão na sala de aula. Mediado pela jornalista Francine Silva, o evento teve a participação da coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social da Feevale, Rosemari Lorenz; da professora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) Novo Hamburgo, Luciana Finkler; e da psicóloga do Serviço Social do Comércio (Sesc) Novo Hamburgo, Júlia Kobe.
As especialistas discutiram a importância da formação continuada dos professores e a participação das famílias no sucesso da educação inclusiva. Para a professora Rosemari, é preciso tornar visível quem, por muito tempo, foi invisibilizado.
Dar espaço de fala, visibilidade. Nada melhor do que eles falarem o que passam na sociedade e nas escolas. Por muito tempo, as pessoas deficientes eram escondidas, deixadas em casa, até mesmo por suas famílias. Hoje, isso já mudou. Mas temos muito ainda a avançar”, afirmou Rosemari.
Na opinião de Júlia, não basta apenas o discurso inclusivo: a prática é fundamental. “Não adianta ter um profissional excelente ou um setor específico dedicado à inclusão, toda a instituição precisa viver, na prática, essa proposta”, avaliou. Na mesma linha, a professora Luciana defendeu o respeito e a empatia como palavras-chave para a ampliação da inclusão em sala de aula. “Colocar-se no lugar do outro, ter a empatia e respeito. Entender que todos somos diferentes e que não existe melhor forma de aprender e crescer com a pluralidade”, defendeu.
Rede de mentoria e escuta de professores
Entre as propostas levantadas durante o painel, esteve a criação de uma rede de mentoria e escuta de professores da região. A ideia foi lançada pela professora Rosemari Lorenz Martins, que já executa a proposta no PPG da Feevale. “Trabalho há anos com formação de professores e, muitas vezes, o que falta é uma mentoria e um espaço de escuta desse profissional. A rotina escolar é dinâmica, não existe como entregar um professor pronto ou perfeito. Muitas vezes, surgem situações e demandas de um dia para o outro, por isso que uma rede de mentoria e troca de experiências é tão importante e pode fazer a diferença”, defende. Interessados podem entrar em contato com a Universidade Feevale.
A terceira edição do Painel Ser Educação foi transmitida, ao vivo, pelo canal do YouTube da Rádio ABC 103.3 FM e está disponível na íntegra. Confira: