Em um evento pautado pela emoção, o grupo Dublauto inaugurou na tarde de sexta-feira (9/11) a sua unidade produtiva no Feevale Techpark, no município de Campo Bom. A cerimônia ocorreu dentro do novo prédio de 2 mil m², construído em um terreno de 3,3 mil m², fruto de um investimento de R$ 2,5 milhões. Logo no início, no entanto, parte do protocolo ocorreu no jardim da empresa, onde os filhos dos proprietários plantaram uma muda de ipê-roxo. Com este gesto simbólico, os dirigentes Evandro Wolfart, Ubiratã Mari e Indiara Mari pretenderam representar a aposta deles no futuro com a nova geração.

Na etapa seguinte da inauguração, exibiram um vídeo que apresentou a história da empresa, com informações e depoimentos. A Dublauto Gaúcha começou a operar no município de Ivoti em 2003, fornecendo serviços de beneficiamento têxtil para o mercado calçadista da região. Dois anos depois, seus proprietários perceberam que precisavam renovar a empresa para que tivessem mais competitividade. Essa decisão deflagrou uma série de viagens para China, Estados Unidos e países da Europa, com o objetivo de prospectarem possibilidades. A partir dessa experiência no exterior, a decisão estratégica foi de apostar em nanotecnologia.

A empresa já integrava o Feevale Techpark com atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D). A decisão de transferir todas as operações para o parque tecnológico decorreu do interesse de estar próximo de pesquisadores, conforme apresentado no vídeo. “Não podemos parar de sonhar e ter projetos”, afirmou o diretor administrativo, Ubiratã Mari.

O prédio recém-inaugurado abriga há cerca de três meses a produção de componentes para calçados e vestuário, com ênfase no uso da nanotecnologia impregnada em tecidos. “O objetivo é buscar atributos de conforto e de saúde para o usuário a partir de tecidos que serão usados em forros de calçados e vestuários”, detalha o diretor técnico, Evandro Wolfart.

A nanotecnologia permite uma ampla gama de possibilidades às palmilhas e aos forros desenvolvidos pela Dublauto, voltados para os segmentos de saúde e conforto. Por exemplo: tecidos com propriedades antimicrobianas (que reduzem a presença de micróbios), fitoterápicas (a partir do uso de plantas medicinais de efeito analgesizante) ou hidratantes da pele.

No novo prédio, também há produção de tecidos dublados para cabedais, forros e não tecidos costurados. “Estamos muito contentes por ter conseguido trazer a unidade fabril para o parque tecnológico”, comemora Wolfart. “A aproximação com esta cultura inovadora tem nos auxiliado muito.”