Iniciativa acontece de forma interdisciplinar, em uma parceria entre os cursos de Direito e Psicologia
Nesta terça-feira, professores e acadêmicos da Universidade Feevale iniciaram uma oficina no Instituto Penal de Novo Hamburgo (IPNH). O projeto, intitulado Cinema e reflexão, é ministrado pelos professores Maria Lucia Rodrigues Longoni, do curso de Psicologia, e Diogo Machado de Carvalho, do curso de Direito, com a participação de estudantes voluntários do projeto social Centro de Educação em Direitos Humanos (Ceduca DH).
O projeto, que trabalha de forma interdisciplinar em uma parceria entre os cursos de Direito e Psicologia, visa abrir um espaço de acolhimento, informação e reflexão, além de disseminar uma cultura de paz e tolerância por meio da educação, do debate em direitos humanos e da inserção de diferentes grupos sociais.
É um espaço que se torna indispensável à medida em que essa atuação é voltada para a garantia dos direitos humanos, priorizando a autonomia e a dignidade do sujeito”, explica Maria Lucia.
A iniciativa busca efetuar, de fato, a Lei de Execução Penal (LEP), para que se possa ter um resultado satisfatório, segundo Maria Lucia. “É importante que esse momento vá além da ressocialização, uma vez que a população carcerária, antes da infração e da consequente pena a ser cumprida, muitas vezes, já estava excluída do contexto social, ou seja, já estava marginalizada”, pontua a professora.
A oficina, que acontecerá até o dia 7 de dezembro, todas as terças-feiras, de forma alternada, consiste em uma reflexão social através de sessões de cinema, documentários e videoclipes. Nos dois primeiros encontros, foi realizada uma roda de conversa para apresentação da equipe da Feevale e dos internos do IPNH. Além disso, foram feitas combinações relacionadas às próximas atividades, por meio do estabelecimento dos objetivos que nortearão as sessões. “Os encontros estão sendo bem reflexivos. O tema do primeiro encontro girou em torno dos direitos dos apenados, os principais gatilhos para a recaída aos atos criminais e possibilidades e impossibilidades de ressocialização na comunidade”, finaliza Maria Lucia.