Projeto é desenvolvido no âmbito do PPG em Tecnologia de Materiais e Processos Industriais
A Universidade Feevale foi selecionada na chamada internacional ERA-MIM Joint Call, da União Europeia, e passa a integrar o Sb-Recmemtec Cofund-Action, um consórcio global que visa desenvolver tecnologias para recuperar resíduos de mineração de cobre. O projeto Desenvolvimento e aplicação de membranas íon seletivas para recuperação de antimônio de resíduos da mineração de cobre será desenvolvido no âmbito do Programa de Pós-graduação em Tecnologia de Materiais e Processos Industriais e terá a participação, também, de Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Politécnica de Valência, da Espanha, Universidade do Chile e empresa Transducto S.A., do Chile. No Brasil, a pesquisa tem financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
O objetivo principal do estudo é a recuperação de antimônio (Sb) de resíduos e efluentes gerados durante o processamento pirometalúrgico de minerais de sulfureto de cobre e durante o processo hidrometalúrgico de tratamento de minerais mistos de baixo teor de cobre. O antimônio, usado em muitas aplicações e de fundamental importância para novas tecnologias desenvolvidas, é uma das 27 matérias-primas críticas listadas, em 2017, pela Comissão Europeia, sendo que os recursos globais extraíveis desse material devem ser exauridos antes de 2050. Nesse sentido, o projeto avaliará o processo de eletrodiálise reativa (separação por membranas) em diferentes etapas de processamento de cobre para recuperação do antimônio.
O processo a ser desenvolvido está diretamente relacionado ao aumento da eficiência dos recursos por meio da reciclagem de resíduos. Além do potencial econômico, ao recuperar metais valiosos, o projeto tem o intuito de reduzir o impacto ambiental ao minimizar as cargas de contaminantes. A pesquisa seguirá até 2022.
A pesquisa deve contribuir para o desenvolvimento de um abastecimento industrial sustentável e responsável de recursos primários para alimentar a economia circular”, diz Marco Antonio Siqueira Rodrigues, coordenador do estudo na Feevale e do PPG em Tecnologia de Materiais e Processos Industriais.
Separação por membranas no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Limpas, no Câmpus II