O currículo do curso de Medicina proposto pela Universidade Feevale está organizado a partir das três grandes áreas que constituem a formação médica:
A Atenção à Saúde, tanto em âmbito individual quanto coletivo, envolvendo a identificação das necessidades de saúde, o desenvolvimento e a avaliação de planos terapêuticos e projetos de intervenção coletiva, constitui área central na formação do médico perpassando toda a formação acadêmica. A Gestão em Saúde que perpassa as diferentes áreas e saberes da prática médica com vistas a sensibilizar o estudante às ações de gerenciamento e administração em saúde, sobretudo para a atuação articulada ao trabalho multiprofissional, nos âmbitos que estiver inserido, preocupados em produzir qualidade, segurança e eficiência na atenção à saúde. A Educação em Saúde, ao longo do curso, dar-se-á mediante a identificação das necessidades de aprendizagens individuais e coletivas, da capacidade de aprender a aprender ao longo de toda sua trajetória, bem como, seu comprometimento com a produção e construção de conhecimentos científicos.
Os programas de aprendizagem contemplam os sete eixos de formação médica, a seguir:
Eixo I – Bases Moleculares e Celulares: aborda o estudo dos conhecimentos das bases moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos, aplicados aos problemas da prática médica.
Eixo II – Saúde e Sociedade: apresenta a compreensão dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos e legais, nos níveis individual e coletivo do processo saúde-doença.
Eixo III – Investigação Diagnóstica: contempla o processo saúde-doença do indivíduo e da população, em seus múltiplos aspectos de determinação, ocorrência e intervenção.
Eixo IV – Processo Saúde-Doença: desenvolve a propedêutica médica, contemplando a capacidade de realizar história clínica, exame físico, conhecimento fisiopatológico dos sinais e sintomas, capacidade reflexiva e compreensão ética, psicológica e humanística da relação médico-pessoa sob cuidado.
Eixo V – Promoção da saúde: compreende os processos fisiológicos dos seres humanos, bem como atividades físicas, desportivas e das relacionadas ao meio social e ambiental na promoção da saúde.
Eixo VI - Estágio Curricular Obrigatório – Internato: promove a articulação de todos os conhecimentos abordados ao longo do percurso formativo, a partir da formação em serviço, em regime de internato, sob supervisão, desenvolvido nas diferentes áreas de atuação médica.
Eixo VII – Flexibilização Curricular: busca enriquecer o currículo ao permitir que o estudante escolha no seu percurso formativo parte das áreas de conhecimento que confiram certa originalidade à sua formação. São oportunizadas diferentes possibilidades de flexibilização curricular, a saber: atividades complementares, área de conhecimento optativa, área de conhecimento eletiva e estágio curricular eletivo.
Os sete eixos perpassam os diferentes módulos, percorrendo os blocos temáticos e, a partir do conjunto das áreas de conhecimento que os compõem, articulam, de forma transversal, a construção dos saberes e o desenvolvimento das competências, habilidades e atitudes requeridas do estudante, em cada uma das etapas de formação.
A organização curricular integra as áreas de conhecimento buscando a interdisciplinaridade. Nessa lógica curricular está pressuposta uma interlocução entre as distintas áreas de conhecimento, facilitando assim a promoção de atividades que se complementam e subsidiam umas às outras.
Atividades práticas:
As relações teórico-práticas são potencializadas a partir das experiências acadêmicas ao longo do processo formativo e nos diferentes espaços de ensino-aprendizagem. Com a intenção de promover conhecimentos capazes de mobilizar as diversas leituras de mundo e buscando significá-las nas esferas de atuação médica, já no primeiro módulo do curso está prevista a inserção dos estudantes na rede municipal de saúde, permitindo-os observar e vivenciar as práticas em saúde, elaborando assim suas percepções e os levando a reflexões baseados nos saberes populares, nas Políticas Públicas de Saúde, nos referenciais epidemiológicos, entre outras.