Feevale abre o Centro Integrado de Especialidades em Saúde neste fim de semana para atendimento da comunidade | Universidade Feevale

Feevale abre o Centro Integrado de Especialidades em Saúde neste fim de semana para atendimento da comunidade

04/05/2024 - Atualizado 17h17min

barco

Universidade também está arrecadando materiais para doações, disponibilizando barco e van para resgate das famílias e viabilizando rede de radioamadores para facilitar a comunicação em áreas isoladas

Na tarde deste sábado, 4, a Universidade Feevale abriu o Centro Integrado de Especialidades em Saúde (Cies) para atendimento à comunidade. Professores e estudantes dos cursos de Medicina, Enfermagem e Farmácia estão envolvidos em diversas ações no espaço, localizado na Rua Rubem Berta, 200, Novo Hamburgo. O atendimento acontece até as 18h deste sábado. Após esse horário, as pessoas podem entrar em contato, caso necessário, pelo WhatsApp (51) 3586-9234. O espaço reabre neste domingo, 5, a partir das 8h30min.

Além de atendimentos básicos (não urgentes), estão ocorrendo teleconsultas com equipes da Medicina e a van destinada ao curso também está fazendo o deslocamento de pessoas até o espaço. O curso de Farmácia está produzindo, em seu laboratório, medicamentos antitérmicos para distribuição às famílias necessitadas e vai providenciar kits de higiene para distribuição, contendo cremes, xampus e outros produtos.

O Câmpus I (Av. Dr. Maurício Cardoso, 510, bairro Hamburgo Velho, Novo Hamburgo) está abrigando famílias de colaboradores que ficaram desabrigadas, sendo que algumas perderam tudo o que tinham em casa. Esse é um dos pontos de recebimento de donativos, tanto para distribuição a esses funcionários, como para a comunidade. Os itens necessários incluem materiais de limpeza e higiene pessoal, utensílios de limpeza, material escolar, cobertores e roupas de cama, fraldas infantis e geriátricas, roupas e calçados, água potável, alimentos não perecíveis e ração para animais. Outro ponto de recebimento de doações é o Câmpus II (ERS-239, 2755, Novo Hamburgo), na Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão (Proppex), no 2º andar do prédio Lilás.

No Câmpus III, em Campo Bom, o Hospital Veterinário Feevale (Hovet) está recebendo doações para animais das regiões atingidas pelas enchentes. O curso de Medicina Veterinária e o Diretório Acadêmico (DA) estão arrecadando coleiras, guias, toalhas, cobertas, caixas de transporte e rações. Além dos pontos de coleta em Novo Hamburgo, os materiais podem ser entregues no Hovet, localizado na Alameda da Inovação, 212, Zona Industrial de Campo Bom.

Outras ações

Equipes do projeto social Laboratório de Vulnerabilidades, Riscos e Sociedade (LaVuRS) e do Programa de Pós-Graduação em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale também estão circulando em bairros das cidades do Vale do Sinos para verificar as principais necessidades dos moradores. A Associação Pró-Ensino Superior em Novo Hamburgo (Aspeur), mantenedora da Feevale, também disponibilizou uma van do curso de Medicina e um barco, que é utilizado em pesquisas da Instituição, para a Defesa Civil e para o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, para o resgate das famílias. Nesta sexta-feira, 3, o barco estava em Campo Bom e, neste sábado, auxilia as cidades de Estância Velha, Novo Hamburgo e São Leopoldo. Além disso, os professores estão tentando viabilizar uma rede de radioamadores para facilitar a comunicação com áreas isoladas nos municípios da região.

Estamos solidários e dispostos a fornecer suporte técnico e promover as ações necessárias para auxiliar as pessoas atingidas pelas enchentes. Queremos contribuir para a recuperação das comunidades afetadas e ajudar, inclusive, no desenvolvimento de estratégias para a prevenção de futuras tragédias”, afirma o reitor da Universidade Feevale, Cleber Prodanov.

O pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, Fernando Spilki, lembra que a Feevale está mobilizada, através da equipe do projeto LaVuRS, desde o início dos alertas. “Esse projeto tem como objetivo contribuir para o avanço científico e da autonomia comunitária no campo das vulnerabilidades sociais, de riscos e desastres, a partir da união dos conhecimentos técnico, científico e popular, no âmbito da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos. O plano é ampliarmos as ações de apoio à comunidade”, informa.

Orientações para a comunidade

A coordenadora do Laboratório de Vulnerabilidades, Riscos e Sociedade (LaVuRS), Danielle Martins, diz que as pessoas que estão em áreas de encostas íngremes, principalmente onde existem muitas árvores no entorno, não devem esperar sinais de deslizamento. “É necessário buscar locais de abrigo ou casas de conhecidos para se abrigar e, se possível, levar seus documentos e receitas de medicações de uso controlado” – orienta – “Claro, desde que isso não comprometa a segurança dessas pessoas em sair de casa. O solo está muito encharcado e a chuva persiste, conforme as previsões alertam, o que vai tornar esses locais mais propensos a deslizamentos”.

Danielle também ressalta que é muito importante não deixar as crianças sozinhas, já que estão sem aula, ou ficar em casa em qualquer sinal de rachadura nas casas, barulhos e árvores que começam a inclinar. “Às áreas de inundação são lugares perigosos para trafegar, por isso as pessoas devem evitar contato com a água e rede elétrica, pelo risco de choque elétrico, ou transitar com veículos”, afirma, acrescentando que, em caso de abandono desses locais, é preciso soltar os animais para que consigam escapar e ser resgatados.

A coordenadora do LaVuRS acrescenta que, caso alguém conheça pessoas com dificuldade de mobilidade, acamados, idosos com mobilidade restrita ou cadeirantes, deve comunicar a Defesa Civil de sua cidade para auxílio na retirada de suas casas. “Sabemos que quem mais perde nestas situações são, muitas vezes, aqueles que menos têm condições de recuperar seus bens, devido à situação financeira, mas a vida não tem preço. As pessoas não devem, portanto, esperar para sair de casa, pois a situação é muito complicada, estamos vivenciando uma das maiores catástrofes climáticas pelas quais o Estado já passou”, enfatiza.

 

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