Entre as atividades está a prestação de serviços de esterilização de animais
O coordenador do curso de Medicina Veterinária da Universidade Feevale, Gabriel Pereira, se reuniu, nesta semana, com representantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da UniRitter e da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) para articular a prestação de serviços de esterilização e chipagem de animais. Além desse encontro, ele conversou com professores do curso para organizar a participação da Instituição no Plano Estadual de Ações de Resposta à Fauna, lançado pelo governo do Estado na semana passada.
As quatro universidades estão apoiando a iniciativa do governo estadual, que pretende beneficiar cerca de 20 mil animais que estão em 400 abrigos, a partir do cadastro em uma plataforma. Isso possibilitará o controle populacional ético de cães e gatos em cidades como Porto Alegre, Canoas, Guaíba, Eldorado do Sul e São Leopoldo. O recurso será aportado pelo Fundo para Recuperação de Bens Lesados, do Ministério Público do Estado.
O Gabinete de Coordenação de Resposta à Fauna (GCRF), que auxiliou nos salvamentos de animais ilhados e presta suporte aos municípios para a gestão de abrigos, lembra que também há animais silvestres e de produção nos abrigos, apesar de a maioria dos animais serem cães e gatos. O foco, agora, passa a ser a identificação deles, para viabilizar o reencontro com seus tutores ou o encaminhamento para lar temporário ou adoção.
De acordo com o professor Gabriel Pereira, o curso de Medicina Veterinária da Feevale deverá atuar na castração de cães ou gatos, juntamente com os demais polos técnicos do Estado, que são as outras três universidades envolvidas. "A nossa participação busca minimizar essa crise, por meio do trabalho de prevenção e diminuição da multiplicação desses animais sem tutores”, afirma.
Sobre o plano
O Plano Estadual de Ações de Resposta à Fauna foi lançado pelo governo do Estado, por meio do Gabinete de Projetos Especiais do Vice-Governador e da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). O documento propõe a articulação entre as esferas municipal, estadual e federal e o terceiro setor e define atividades, competências e responsabilidades na assistência a animais em situações de calamidade pública.
Com a ajuda de parceiros, foi proposto um fluxo digital para mapear animais resgatados e encaminhá-los para tutores, lares temporários ou adoção. Eles são identificados com medalhas, dependendo da situação de cada um: vermelha para tutores conhecidos, amarela para animais aguardando identificação e verde para aqueles que estão prontos para adoção. As medalhas serão cadastradas por meio de um aplicativo, com auxílio de voluntários. Os dados serão usados pelo portal petsrs.com.br para a promoção de reencontros e pelo site arcanimal.com.br para adoções. Os interessados em contribuir com a causa animal podem adotar de modo temporário ou definitivo.
O plano inclui um canal de comunicação automatizado, via WhatsApp – (51) 99486-5180 –, para atender às necessidades dos abrigos, como informações sobre donativos (onde buscar, solicitação de medicamentos e de outros recursos). A ferramenta também é destinada ao cadastro de abrigos ainda não identificados no levantamento. Também é possível, por meio do canal, manifestar interesse em ser voluntário.