Taxa de ocupação nas Unidades de Terapia Intensiva na região está em 113%
Novo levantamento divulgado pelo mestrado em Virologia da Universidade Feevale mostra que os casos de Covid-19 na região do Vale do Sinos seguem em um crescimento exponencial, com o maior número de mortes pela doença registrado desde o início da pandemia – 57 nesta última semana. Para a pesquisa, foram considerados os dados disponibilizados pelo Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) do Vale do Rio dos Sinos (Consinos) e pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio do portal https://covid.saude.rs.gov.br.
Os dados consolidam uma tendência que já vinha sendo demonstrada desde a última semana – a de que a pandemia está em seu pior momento, superior ao pico de julho. Na semana de 31 daquele mês, por exemplo, foram registrados1.942 novos casos de Covid-19; desde a semana do dia 20 de novembro, o número de casos ultrapassa os 2 mil na região: 2.101, 2.545 e 2.541 neste dia 4. Considerando somente os testes realizados pela Feevale, por exemplo, a média móvel de casos positivos que era de, aproximadamente, 25% em outubro, atingiu 40% na última quinzena de novembro, e, nesta última semana, está alcançando 45% – na semana de 29 de novembro a 3 de dezembro, de 885 amostras analisadas, 396 foram positivas (44,74%). Em números absolutos, a região do Vale do Sinos acumula um total de 34.749 casos confirmados e 689 óbitos.
Neste cenário, a ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) já atingiu 113%, também o maior índice desde o pico registrado em julho. De acordo com a coordenadora do mestrado em Virologia da Universidade Feevale, Juliane Fleck, não foi observado aumento no número de novos casos, mas a expressiva ampliação na ocupação das UTIs e no número de óbitos por Covid-19 na região, confirmam o que foi verificado na semana anterior, o agravamento da pandemia, entrando em crescimento exponencial.
É evidente que a mudança de comportamento é imprescindível para evitarmos um cenário ainda mais impactante, especialmente considerando o período de final de ano”, afirma Juliane.
Confira a evolução da pandemia no Vale do Sinos no link.