Nikola Carevic, sócio-diretor do Estúdio Origem e professor da Universidade Feevale, leva essa experiência para as aulas de Arquitetura e Urbanismo
O Estúdio Origem – Arquitetura e Urbanismo, empresa de Porto Alegre que tem como sócio-diretor Nikola Carevic, professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Feevale, ganhou um concurso da Fundação São Francisco Xavier em Belo Horizonte (MG), que prevê a construção de um hospital de grande porte e alta complexidade. Especializada em projetos de arquitetura hospitalar, a empresa está na fase de elaboração do projeto para o hospital da Fundação, que é uma entidade beneficente de assistência social.
Para o professor Carevic, que é doutor em Programa de Projetos Arquitetônicos pela Universidade Politécnica da Catalunha (Espanha), essas experiências profissionais, de participação em um processo interdisciplinar de criação e execução, são importantes não só para ele, mas para os estudantes também.
Ser parte desse processo é fundamental, pois é possível estabelecer metodologias novas e contemporâneas para os nossos alunos, possibilitando a eles experiências práticas e estudos de ponta”, afirma.
O professor lembra que hoje, mais do nunca, o mercado exige uma formação interdisciplinar, onde assuntos de engenharia, sociologia e questões de sustentabilidade, por exemplo, são relacionados com a forma arquitetônica. “Não tem melhor lugar para a prática e o exercício das regras teóricas que um projeto e obra de um grande hospital. É preciso entender e criar as tendências contemporâneas diante das novas normas e tecnologias, junto com os selos da sustentabilidade de novos standards das práticas de arquitetura do século XXI”, explica, acrescentando que esse repasse aos estudantes deixa o curso de Arquitetura e Urbanismo mais atualizado e interdisciplinar. Além do professor Nikola Carevic, é autora do projeto a arquiteta Carolina Guimarães, também sócia-diretora do Estúdio Origem.
Sobre o concurso
O concurso tem como objeto o projeto e a construção de um complexo hospitalar de 50 mil m² na zona da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), e a restauração da antiga sede da Usiminas, criando um hospital no prédio existente – Bloco A, de 30 mil m² –, junto com a criação de um Bloco B ao lado, de 20 mil m². Trata-se de um complexo hospitalar de ponta, com 300 leitos, 20 salas cirúrgicas, pronto atendimento, urgências, ambulatórios, centro de oncologia e 60 Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).
Seis grandes escritórios de arquitetura hospitalar do país participaram do concurso. Venceu o Estúdio Origem, de Porto Alegre, juntamente com a paulista Vasserman Engenharia, especializada no gerenciamento de projetos hospitalares. Com isso, a empresa gaúcha fica com a autoria e a responsabilidade por todo o projeto arquitetônico do novo complexo, incluindo a documentação posterior, o Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) e a Certidão de Acervo Técnico (CAT).