Obra foi executada por alunas do Instituto Mulher em Construção
Foto: Divulgação/Mulher em Construção
O Instituto Mulher em Construção, que capacita mulheres para o trabalho na construção civil como forma de alcançarem a independência financeira, oficializará a entrega da primeira casa construída só por alunas da entidade. A cerimônia ocorrerá nesta quinta-feira, 28, às 9h30min, na Universidade Feevale, no Salão de Atos do Câmpus II. O evento é organizado em parceria com a Agência Experimental de Comunicação (Agecom) da Feevale.
A casa que será entregue fica no bairro São Jorge, em Novo Hamburgo, e era de Cândida Cristina Ramos, antiga aluna da entidade que participou do mutirão de construção. Durante a obra, ela foi hospitalizada para retirada de um tumor e, ainda neste mês, sofreu uma parada cardiorrespiratória, falecendo antes da entrega de sua casa. Dessa forma, a casa da Cândida, como a obra foi carinhosamente apelidada, passará a ser um espaço de acolhimento para mulheres em situação de violência ou abandono, tornando-se um legado dos princípios de sua antiga proprietária.
Sobre a obra
A casa da Cândida foi o primeiro projeto em que alunas do Instituto Mulher em Construção ergueram e reformaram um imóvel de alvenaria, do alicerce ao acabamento. Esse projeto piloto, que leva o nome de Divas da Construção, foi criado com o objetivo de capacitar, atualizar e amparar mulheres afastadas do mercado de trabalho. Com aulas teóricas e práticas, elas aprenderam e executaram, in loco, todas as etapas da construção de uma residência.
Construímos uma nova estrutura inteiramente em alvenaria e elevamos todo o pé direito. As fases da obra foram demolição, contrapiso, alvenaria, telhado, cerâmica, elétrica, dry wall, instalação de aberturas e pintura predial”, resume a engenheira civil Ana Machado, responsável pela obra e instrutora do IMC.
“Nossas oficineiras, agora, sabem construir. Cada uma que botou a mão na massa pode ser uma profissional da área e conquistar sua independência econômica. E, assim, elas vão se livrando da submissão, da violência doméstica e da pobreza”, aponta Bia Kern, fundadora e presidente Instituto Mulher em Construção.