Projeto de Prevenção e Combate à Dengue, realizado em parceria pela Feevale e prefeitura de Novo Hamburgo, divulgou resultados do primeiro LIRAa do ano
O projeto de Prevenção e Combate à Dengue, executado em parceria pela Universidade Feevale e a Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, divulgou, em fevereiro, um boletim informativo com os resultados do primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) do ano. O trabalho, que indica o percentual de imóveis no município com presença do vetor responsável pela transmissão da dengue, consiste em visitar, aproximadamente, 5% dos imóveis do município em um curto período, gerando um indicativo dos níveis de infestação na cidade, a fim de facilitar as ações de controle.
Entre os dias 24 de janeiro e 3 de fevereiro, agentes do projeto realizaram visitas em 3.597 imóveis de Novo Hamburgo, distribuídos em todos os bairros do município, que são agrupados em oito estratos. Foram coletadas 250 amostras para análise e identificação no Laboratório do Projeto de Combate à Dengue, das quais 82% se mostraram positivas para o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Dos imóveis visitados, 4,9% tiveram focos do vetor, ou seja, a cada 20 imóveis, um tem a presença do Aedes aegypti.
Índice de Infestação Predial
Outro indicador do LIRAa, e um dos principais, é o Índice de Infestação Predial (IIP), que é a relação percentual entre o número de imóveis positivos, ou seja, com a presença de larvas de Aedes aegypti, e o número de imóveis pesquisados. Entre janeiro e fevereiro, Novo Hamburgo apresentou um IIP de 4.9, classificando o município como em alto risco para surtos das doenças transmitidas por Aedes aegypti.
No mapa ao lado, é possível verificar, em amarelo, as regiões que apresentaram índice entre 1 e 3.9% (classificadas como em estado de alerta). Em vermelho, estão as áreas que mostraram índice maior que 4%, indicando alto risco.
Principais depósitos
Um outro índice importante que o LIRAa fornece é o da prevalência de depósitos com Aedes aegypti. Confira:
- 57%: recipientes pequenos, passíveis de remoção da água, como pratinho de vaso de plantas, bebedouro de animais, recipientes para enraizamento de plantas, garrafas desprotegidas, baldes, lonas mal esticadas entre outros
- 19%: ralos, calhas, piscinas e outros recipientes de difícil remoção de água
- 10%: bromélias, ocos de árvores, materiais naturais
Próximas ações
Nesta semana, o projeto de Prevenção e Combate à Dengue realiza atividades preventivas em bairros de Novo Hamburgo. Confira a agenda: Quarta, 23 de fevereiro:
- Tarde: pontos estratégicos
Quinta, 24 de fevereiro:
- Manhã: Canudos - Vila Flores
- Tarde: pontos estratégicos
Sexta, 25 de fevereiro:
- Manhã: Bairro Primavera
- Tarde: pontos estratégicos
Saiba mais
A dengue, a chikungunya, a zika e a febre amarela urbana são doenças virais conhecidas como arboviroses. Nos últimos dois anos, o Rio Grande do Sul registrou significativo aumento nos casos de dengue, chikungunya e zika, com registro de 11 óbitos por complicações pela dengue em 2021. Até 29 de janeiro deste ano, o estado registrou 49 casos de dengue, um de chikungunya e nenhum de doença aguda pelo vírus da zika. Até o final da elaboração do boletim informativo do projeto de Prevenção e Combate à Dengue, não houve casos suspeitos ou confirmados das arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti em Novo Hamburgo, em 2022, ou seja, não há circulação viral na cidade. Entretanto, de acordo com o último boletim informativo do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS-RS), cidades pertencentes à região metropolitana já têm casos confirmados.