Mais de 51 mil pessoas esperam por transplante de órgãos no Brasil | Universidade Feevale

Mais de 51 mil pessoas esperam por transplante de órgãos no Brasil

22/09/2022 - Atualizado 26/09/2022 15h34min

Dia da doação de órgãos, celebrado em 27 de setembro, reforça a importância de discutir o assunto

Órgãos

No Brasil, mais de 51 mil pessoas estão na fila de espera de transplante de órgãos. Segundo o professor do curso de Medicina da Universidade Feevale, Julio de Oliveira Espinel, o número de pessoas na fila de espera no estado do Rio Grande do Sul ultrapassa dois mil. “Os dados sobre as pessoas cadastradas aguardando órgãos são muito impactantes. Por exemplo, o levantamento do Registro Brasileiro de Transplantes aponta que, só no Rio Grande do Sul, temos 61 crianças aguardando transplante de algum órgão. São números muito duros, pois revelam que muitas pessoas estão aguardando a oportunidade de continuarem vivas”, ressalta.

Entre os órgãos que podem ser doados estão os rins, os pulmões, o fígado, o coração, o pâncreas, as córneas, entre outros. Espinel destaca que é possível doar alguns órgãos ainda em vida, como é o caso da medula óssea. “Para doar a medula óssea, é necessário o cadastramento no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) e, conforme houver necessidade, o voluntário é chamado para retirar uma parte do órgão para efetuar a doação”, explica.

A confiabilidade no processo de transplante de órgãos é extremamente importante. A doação é uma ação altruísta por parte do doador, e é realizada após a autorização dos familiares, em um processo responsável e executado por profissionais capacitados e treinados. “A retirada dos órgãos é feita com cuidado e respeito. É fundamental que quem está pensando em ser doador de órgãos tenha certeza de que o procedimento é executado após o diagnóstico de morte encefálica e é realizado com protocolos específicos e muito rígidos”, explica Espinel.

Para ser doador de órgãos, o indivíduo deve manifestar em vida, para seus familiares, o seu desejo de doar. Spinel explica que, muitas vezes, os familiares ficam receosos em autorizar o processo, por não ter certeza da vontade da pessoa falecida. “Não adianta definirmos no nosso íntimo que queremos doar órgãos. Quem vai definir se o órgão vai ser aproveitado pelo programa de doação é a nossa família, então é necessário deixar claro para eles. Esse é o grande sentido da data, fomentar as conversas dentro do âmbito familiar”, ressalta.

 

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