Mestrando da Universidade Feevale publica primeiro mapeamento brasileiro de salas inclusivas e torcidas autistas no futebol | Universidade Feevale

Mestrando da Universidade Feevale publica primeiro mapeamento brasileiro de salas inclusivas e torcidas autistas no futebol

15/04/2025 - Atualizado 15h05min

Artigo de Nicolas Duprat destaca o protagonismo do Brasil na inclusão de torcedores neurodiversos em estádios da Série A

NicolasNicolas Duprat

O mestrando em Processos e Manifestações Culturais da Universidade Feevale, Nicolas Duprat, teve seu artigo publicado e divulgado no XIII Encontro de Sustentabilidade em Projeto, marcando um importante avanço acadêmico no campo da inclusão social no esporte. O estudo, desenvolvido em parceria com os professores da Feevale Regina de Oliveira Heidrich e Marcelo Curth, o doutorando Ítalo Dantas e a graduanda Alanys Guterres Santos, é o primeiro mapeamento brasileiro de salas inclusivas em estádios de futebol e torcidas autistas.

A pesquisa traça um panorama inédito sobre os espaços destinados a torcedores com autismo em estádios da Série A do Campeonato Brasileiro, analisando não apenas a existência das chamadas salas inclusivas, espaços adaptados para proporcionar conforto e acessibilidade a pessoas neurodivergentes, mas também a atuação das torcidas organizadas compostas por torcedores com neurodiversidade. A investigação combinou revisão bibliográfica, análise documental e estudo das redes sociais dessas torcidas, evidenciando tanto avanços quanto desafios no processo de inclusão.

Entre os principais achados do artigo, destaca-se que 45% dos estádios da elite do futebol brasileiro já possuem salas inclusivas, o que posiciona o Brasil como o país com maior número de espaços desse tipo no mundo, à frente de ligas como a inglesa, italiana, alemã, espanhola e francesa. Apesar do avanço, o estudo aponta para a ausência de padronização e de regulamentação específica, o que compromete a sustentabilidade e a expansão dessas iniciativas. Segundo o levantamento, mesmo em estádios que não possuem salas inclusivas, 85% dos clubes contam com torcidas autistas, que atuam de forma ativa na inclusão de torcedores com autismo por meio da distribuição de abafadores sonoros e outras estratégias de conforto sensorial. O artigo também destaca o espírito de união entre essas torcidas, que compartilham conteúdos e experiências sob o lema “no autismo não existe rivalidade”, evidenciando uma pauta coletiva em prol da inclusão.

Além disso, a pesquisa revela que a capacidade das salas inclusivas representa menos de 0,5% da capacidade total dos estádios, o que reforça a necessidade de legislação específica que regule a construção, acessibilidade e manutenção dessas salas. A baixa visibilidade das torcidas autistas nas redes sociais, em comparação com as demais torcidas organizadas, também indica a urgência de ações de divulgação e conscientização.

O artigo completo pode ser acessado neste link.

 

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