Caroline Willig apresentou uma instalação artística e dois artigos que integram sua tese de doutorado
A doutoranda Caroline Luiza Willig, do Programa de Pós-Graduação em Processos e Manifestações Culturais da Universidade Feevale, participou, na última semana, do 6° Congreso Latinoamericano de Estudiantes de Posgrados en Ciencias Sociales (Clepso). Promovido pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), o evento foi sediado na Cidade do México, de 28 a 30 de agosto.
A pesquisadora, que integra o grupo de pesquisa Criança na Mídia: núcleo de pesquisa em comunicação, educação e cultura, da Feevale, apresentou a instalação artística Menstruation: color of the year, além de dois artigos que compõem sua tese de doutorado: Sentipensando la formación docente en dignidad menstrual: tejiendo caminos por territorios de Brasil y México e De “productos” a “protectores” para contener el flujo: de la mercantilización occidentalizada a la dignidad menstrual. A instalação segue em exibição na Bilioteca René Zavaleta Mercado, na sede da Flacso, no México.
A pesquisadora explica que a instalação artística é uma produção a partir de aquarelas menstruais que destacam a cor do sangue tal como ela é. “Ela satiriza a indústria e o consumo da moda com a mercantilização da menstruação, suas tendências neoliberais e cooptação de agendas, em paralelo às marcas obsoletas de absorventes higiênicos que continuam com discursos conservadores, românticos e higienistas, estampando em suas embalagens os itens de contenção de fluxo ilustrando a menstruação como um gel azul”, destaca.
Já os estudos que integram seu doutorado tratam sobre a dignidade menstrual no Brasil, com pesquisas-intervenções realizadas junto da Rede Municipal de Educação de Novo Hamburgo e da Universidad Pedagógica Nacional (UPN), de Cuernavaca, no México, por meio do Programa de Doutorado-Sanduíche no Exterior (PDSE) da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Essas pesquisas abordam temáticas que buscam a desconstrução de estigmas e a construção de políticas que respeitem os direitos humanos de quem menstrua.