Educação no RS precisa garantir avanços que século XXI exige, disse a secretária
Apesar de ter investido R$ 1,2 bilhão e ter tido melhorias entre 2018 e 2022 na área de educação, o Rio Grande do Sul precisar avançar mais rapidamente nos próximos anos, como, por exemplo, na implantação do Ensino Médio em tempo integral, em que ocupa apenas a 27ª posição em nível nacional, e na elevação da taxa de aprovação da rede estadual. Essa é uma das afirmações que a secretária de educação, Raquel Teixeira, fez durante o Prato Principal da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI-NH/CB/EV), nesta quinta-feira, em Novo Hamburgo, realizada com apoio máster da Universidade Feevale.
Conforme a secretária, os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2021 mostram que a rede estadual do Rio Grande do Sul subiu posições no ranking, mas o desempenho ainda está distante das metas estabelecidas. Nos anos iniciais, por exemplo, passou de 11º para 10º entre 2019 e 2021, nos anos finais de 16º para 5º e, no Ensino Médio, de 9º para 7º.
“O maior desafio para os próximos anos é recompor o impacto negativo que a pandemia impôs e garantir os avanços que o século XXI exige”, afirmou a secretária. Segundo Raquel, uma das preocupações é a queda da taxa de aprovação de alunos da rede estadual, que caiu de 91,9% para 88% entre 2020 e 2022, e a de abandono, que está em 11,1%, acima da média nacional.
Para reverter o quadro, o RS passou a utilizar um novo modelo de avaliação da aprendizagem, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), estudo comparativo internacional realizado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Também adotou o programa Alfabetiza Tchê, que prevê a alfabetização na idade certa de estudantes até o 2º ano do ensino fundamental, em colaboração com municípios, e criou o Ensino Médio Gaúcho, que propõe uma nova arquitetura curricular e já está implantado nas turmas de 1ª série em 1098 escolas.
Educação profissional e técnica
A revisão e a expansão da oferta de cursos com foco na aderência econômica e pedagógica também faz parte dos objetivos. “Vamos aumentar as matrículas em cursos existentes e criar oferta de novos cursos”, disse Raquel Teixeira. As áreas prioritárias são administração, agropecuária, eletrônica e informática. Serão criados 31 Núcleos de Inovação para o Trabalho (NITs), em parceria com a Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda. Já estão em funcionamento 16 NITs, totalizando 645 alunos matriculados nos cursos.