Iniciativa visa proporcionar a vivência em um câmpus universitário aos acadêmicos que ainda não conheceram os espaços da Universidade devido à pandemia da Covid-19
A fim de aproximar a Universidade Feevale dos alunos que ainda não desfrutaram dos espaços da Instituição devido à pandemia da Covid-19, o projeto social Cidade Viva: intervenção urbana como ato comunicacional e o programa Conexão Cultural criaram duas intervenções: uma no formato audiovisual e outra no formato de instalação no Câmpus II da Universidade.
A iniciativa, realizada em parceria com os projetos Cultura no Câmpus, Movimento Coral e Movimento Teatral, tem como objetivo ocupar os câmpus com intervenções que aliam a potência das ferramentas da comunicação com a arte. Para Carolina Rigo, professora líder do Cidade Viva, a Feevale é um espaço de convivência, relações sociais, compartilhamento de conhecimentos, opiniões e sentimentos que, com o isolamento social, tornou-se pouco habitado. “A partir disso, imaginamos desenvolver um trabalho que colocasse em pauta reflexões e sentimentos para toda a comunidade acadêmica, e, especialmente, para os extensionistas do projeto Cidade Viva e do programa Conexão Cultural”, explica.
A dinâmica audiovisual, intitulada Primeira Visão, foi elaborada para abordar o que seria a primeira visão e os primeiros sentidos do acadêmico ao entrar no Câmpus II da Universidade. A estreia será nesta sexta-feira, 20, no canal do programa Conexão Cultural no YouTube. Para Eduarda Helena Bauermann, extensionista do Movimento Teatral e uma das idealizadoras do projeto audiovisual, a iniciativa trabalha para ressignificar o sentimento de afastamento da Universidade, aliviando o momento de estranhamento e de constante adaptação com esse novo formato. “Eu entrei na Universidade no primeiro semestre de 2020, então tive cerca de cinco aulas presenciais e, logo em seguida, entramos para o formato de aulas on-line”, conta. “Já conhecia o câmpus porque eu era aluna do projeto de teatro e participei de diversas apresentações e eventos. Porém, eu conhecia o câmpus com um olhar de visitante e não de estudante”, explica Eduarda.
A segunda intervenção propõe uma instalação de textura sonora no Câmpus II, com o objetivo de reviver memórias vivenciadas na Universidade Feevale. A instalação encontra-se em frente ao prédio Lilás e permanecerá exposta até o dia 3 de setembro. Lorenzo Anschau, acadêmico do curso de Audiovisual, extensionista do Cidade Viva e um dos idealizadores da intervenção, acha importante incluir estudantes que já vivenciaram a experiência dentro do câmpus e sentem saudade da vida de acadêmicos antes da pandemia. “Reviver a experiência dentro do câmpus da Feevale com os sons desse ambiente relembra sobre como era estar ali”, comenta.
Para a coordenadora do programa Conexão Cultural e dos projetos Cultura no Câmpus e Movimento Coral, Denise Blanco Sant'Anna, as produções resultam de percepções e reflexões sobre a universidade e seus espaços, neste momento de pandemia. “O vazio dos corredores e prédios, as sonoridades características dos ambientes e os encontros que ficaram em outro plano, instigaram a produção de um audiovisual e textura sonora”, conta. “A intervenção é uma proposta de resgate dos sentimentos de uma universidade viva, do aconchego, dos encontros nos corredores, da sensação de chegar pela primeira vez na universidade, das trocas, conversas, risadas, da movimentação e da esperança de logo preencher esse vazio”, finaliza.