Assunto foi abordado durante o Prato Principal de junho, que aconteceu na última quinta-feira, 24, com apoio máster da Feevale
Medo de adoecer e morrer, perder pessoas amadas, não receber um suporte financeiro e transmitir o vírus a outras pessoas, assim como a sensação de impotência perante os acontecimentos, irritabilidade, angústia e tristeza, são reações frequentes em tempos de pandemia. Elas decorrem, segundo a psicóloga e professora da Universidade Feevale Charlotte Beatriz Spode, uma das palestrantes do Prato Principal on-line realizado nesta quinta-feira, 24, das mudanças nas condições e na organização do trabalho e das incertezas quanto ao futuro da vida e dos negócios, entre outros estressores, e precisam ser controlados porque exercem influência negativa sobre a saúde mental e o desempenho no trabalho. O evento teve apoio máster da Feevale.
No âmbito pessoal, Charlotte sugere a adoção de estratégias como reconhecer as próprias emoções, ter autocompaixão e adotar parâmetros de produtividade realistas. “Também deve-se pedir auxílio a colegas, gestores, setores de apoio e pessoas próximas, trocar ideias com cônjuges e colegas e ter momentos de relaxamento, satisfação e prazer. "Se necessário, deve-se buscar ajuda especializada e em saúde mental”, acrescenta.
Nas empresas, as indicações da especialista são transparência, flexibilização, empatia e reconhecimento. Evitar a sobrecarga dos funcionários, apoio e orientações das lideranças, abertura de canais de escuta e comunicação e oferecer ou facilitar o acesso a apoio psicológico também são ações recomendadas.
Nesse momento, é fundamental desenvolver e colocar em prática o lado humano das organizações”, afirma.
Segunda palestra
Na segunda palestra do Prato Principal, a gerente de desenvolvimento humano e organizacional Línique Karling apresentou as ações desenvolvidas pelo Grupo Dimed desde o início da pandemia. O conglomerado é formado pelas empresas Panvel Farmácias, Dimed (distribuidora de cosméticos, medicamentos e alimentos) e Laboratório Lifar e emprega 8 mil funcionários.
No início da pandemia, criamos um comitê de contingenciamento para tomar decisões de maneira rápida e alinhada com o propósito, a missão e os nossos valores”, revelou.
“Além de não demitirmos, contratamos novos funcionários e já realizamos 11 mil testes desde o início da pandemia. As nossas ações são no sentido de proteger e dar respaldo à equipe, cujos integrantes são 75% mulheres, que são impactadas, até mesmo, no aspecto familiar e requerem um olhar mais individualizado”, completou Línique.