Projeto de Elio Barcelos é fruto de pesquisa realizada no âmbito do Programa de Pós-graduação em Tecnologia de Materiais e Processos Industriais da Feevale
Um sistema de automação inteligente para usina de geração de energias renováveis, entre elas a energia solar fotovoltaica, com a capacidade de aumentar a eficiência energética, está sendo apresentado na 45ª Expointer, que acontece até este domingo, 4, em Esteio. O projeto foi desenvolvido por Elio Barcelos, da Quasars, durante o seu mestrado em Tecnologia de Materiais e Processos Industriais na Universidade Feevale, sob o título Desenvolvimento de uma multiplataforma móvel para automação de equipamentos elétricos.
Barcelos desenvolveu um tracker, dispositivo que rastreia o sol, para aumentar a eficiência de uma usina solar. “A usina solar armazena a energia em baterias, por isso colocamos como contingência um sistema de biomassa para que possa dar o apoio em dias de chuva ou à noite, por exemplo. A partir disso, nós trabalhamos com o conceito IoT (internet das coisas) aplicado juntamente com os conceitos da Indústria 4.0”, ressalta.
No estudo, Barcelos iniciou a construção de um movimentador de placa solar com rastreamento do sol, utilizando um aparelho celular que aciona o seu relógio digital, como um temporizador, com função de liga e desliga, automatizando o interruptor no motor do tracker como um movimentador de rotação. A plataforma otimiza a posição de uma placa fotovoltaica em relação ao sol, por meio de um rastreador e movimentador, o qual tem um fotossensor ou fotocélula com capacidade de monitorar a posição do sol, controlando, assim, a posição da placa. O sistema permite, também, o controle remoto do motor de rotação e pode ser aplicado a outros aparelhos, por meio de um smartphone conectado por meio de rede wi-fi.
Automação para o agronegócio
Com relação ao setor de agronegócio, Barcelos aponta que é importante mostrar aos trabalhadores da área que a sustentabilidade da energia solar no campo pode ser alcançada com o uso da tecnologia.
No atual cenário, é possível tomar a automação como uma necessidade para se manter no campo, facilitando as atividades do agronegócio. Podemos levar a tecnologia para áreas mais remotas como a Amazônia, por exemplo, onde não há energia, e a gerarmos sem depender de concessionárias ou rede de transmissão”, detalha Barcelos.
Os interessados em conhecer o projeto podem se dirigir até a Fazenda Santa Terezinha, na Associação Brasileira de Criadores das Raças Simental (Simbrasil) ou até a Casa da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), os dois locais onde o trabalho de Barcelos está exposto. O estudo teve orientação do professor Josimar Souza Rosa e o projeto tem apoio técnico do graduado em Engenharia Eletrônica Mathias Novak.