07/12/2018 - Atualizado 11h12min
Kátia Cristina Kayser desenvolveu traje social para facilitar a vida do afilhado, que possui paralisia cerebral, em eventos sociais
A estudante do curso de Moda da Universidade Feevale, Kátia Cristina Kayser, foi uma das vencedoras do II Concurso de Moda Inclusiva, promovido pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), com apoio da Associação Canoense de Deficientes Físicos (Acadef). O look desenvolvido para auxiliar o afilhado da acadêmica, Guilherme Finotti, que nasceu com paralisia cerebral, em eventos sociais, foi considerado o segundo melhor entre os 12 desfilados no evento de premiação, que aconteceu na última semana, em Canoas.
A sua peça consistia em camisa e calça sociais para o afilhado, que nasceu com paralisia cerebral e costuma frequentar eventos formais com certa frequência. Com o trabalho, a designer pretende suprir uma das necessidades que um cadeirante pode ter, que é participar de atividades sociais. “A camisa parece ser igual a qualquer outra, com o diferencial de possuir um zíper nas costas, da altura da pala até o colarinho, o que facilita o seu vestir. Já a calça possui braguilha falsa, sendo a abertura feira por velcros nas duas laterais; o cós nas costas é mais alto e anatômico, sem bolsos e pernas mais ajustadas. Todos os tecidos utilizados possuem elastano em sua composição, visando, sempre, ao conforto e à praticidade sem perder a elegância”, explica.
Para a acadêmica, foi uma satisfação participar desse concurso e ter seu trabalho reconhecido. “Esse tipo de evento é muito importante, pois dá visibilidade a um grupo de pessoas que vivem essas e outras dificuldades, no dia a dia, e só quem conhece sabe do que estou falando. Espero, com esse trabalho, conseguir atender às necessidades de um maior número de pessoas. Meu projeto também foi selecionado entre os 20 melhores no 6º Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva, que ocorreu no mesmo dia, na cidade de Florianópolis”, comemora.
Guilherme Finotti possui uma história de demonstração de inteligência acima da média e muita superação. Aos 26 anos, já possui pós-graduação em Engenharia de Software para Mobile. Finotti, que se graduou em Sistemas para Internet também pela Universidade Feevale, é concursado da área de TI do Banrisul, onde trabalha há cinco anos.
Sobre o II Concurso de Moda Inclusiva
A premiação teve o objetivo de reconhecer peças, desenvolvidas por designers de moda da região, voltadas para o público que necessita de roupas adaptadas. Promovido pelo curso de Design de Moda da Ulbra Canoas, o concurso promove o debate sobre moda, a fim de incentivar o surgimento de novas soluções e propostas em relação ao vestuário inclusivo para as pessoas com deficiência. Mais informações podem ser obtidas em www.ulbra.br.