Feevale e Secretaria de Educação de Novo Hamburgo buscam formar agentes de combate ao preconceito e às violências na rede pública de ensino
Serão certificados, nesta quinta-feira, 23, a partir das 14h, os professores, psicólogos, agentes de segurança, assistentes sociais, conselheiros tutelares e jornalistas que participaram da formação Violências em pauta, aplicada pela Universidade Feevale. A atividade integrou as ações deste ano do convênio Educação Antidiscriminatória, firmado em 2021 entre a Feevale e a Secretaria Municipal de Educação de Novo Hamburgo com o propósito de construir uma política pública educacional antidiscriminatória no município.
A qualificação, que aconteceu entre maio e novembro, mobilizou diferentes profissionais que impactam o território escolar para que, em encontros mensais, analisassem e debatessem as diferentes camadas de violência que perpassam o cotidiano coletivo, refletindo sobre a proteção das infâncias. As atividades foram conduzidas pelas pesquisadoras Malu Meinhardt, Caroline Willig e Sofia Robin, integrantes do grupo de pesquisa Criança na Mídia: núcleo de pesquisa em comunicação, educação e cultura, com assessoramento técnico da bolsista de iniciação científica Juliana Fleck.
Para a professora Saraí Schmidt, que coordena o Criança na Mídia – grupo responsável pelas atividades do convênio -, essa formação marca uma etapa importante da parceria. "Estamos muito satisfeitos pela coragem das nossas doutorandas em encarar o desafio de discutir temáticas complexas como as múltiplas violências. Foi emocionante a acolhida e a entrega dos participantes nos relatos, nas discussões e no esforço para alinhar propostas concretas e possíveis aos seus territórios de origem”, destaca. A certificação acontecerá no Espaço Arena, localizado no terceiro andar do prédio Vermelho, no Câmpus II.
Saiba mais
Por meio do convênio Educação Antidiscriminatória, pesquisadores da Feevale compartilham seus estudos e oferecem elementos para a sensibilização de professores e gestores no que diz respeito à educação antidiscriminatória. Liderado pelo grupo de pesquisa Criança na Mídia, o acordo mobiliza acadêmicos dos programas de pós-graduação em Processos e Manifestações Culturais e Diversidade Cultural e Inclusão Social da Instituição, além da participação do aprimoramento, iniciação científica e extensão. Também há integração com o projeto social Cidade Viva: crítica midiática como ato comunicacional antidiscriminatório. O objetivo é formar profissionais da rede pública para que sejam agentes de combate ao preconceito e às violências no território escolar. No ano passado, 89 diretores de escolas municipais participaram de uma formação continuada sobre temas como gênero e sexualidade na escola, violência contra crianças e adolescentes na mídia, dignidade menstrual, visibilidade lésbica e masculinidades.