Termina nesta sexta-feira, 29, na Universidade Feevale, a sétima edição do Encontro Sul Letras e do Encontro Nacional de Língua e Literatura – Enalli 2019. Cerca de 360 pessoas, provenientes de diferentes Estados e várias universidades brasileiras, participam dos eventos, que começaram na terça-feira, 26, e contam com 30 simpósios e 77 sessões de comunicação.
O escritor Luiz Ruffato, autor do livro Eles eram muitos cavalos, fará a conferência de encerramento, que terá como tema Minha primeira vez: a leitura muda a sociedade. A atividade acontecerá às 19h30min desta sexta-feira, no Salão de Atos do Câmpus II. Ruffato também é autor de Inferno provisório, Minha primeira vez e A cidade dorme, entre outras obras. Seus livros renderam importantes reconhecimentos, como o Prêmio Internacional Hermann Hesse, da Alemanha; o Prêmio Jabuti, concedido pela Câmara Brasileira do Livro; o Prêmio Literário Casa de las Américas; o Prêmio Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional; e o Troféu APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte.
Coordenadores de cursos de pós-graduação da área de Letras também estarão reunidos na Universidade Feevale nesta sexta-feira, 29, quando ocorrerá o Fórum dos Coordenadores da Região Sul. O encontro acontecerá das 8h30min às 12h, paralelamente ao Encontro Sul Letras e ao Encontro Nacional de Língua e Literatura – Enalli.
Língua e literatura
A professora e pesquisadora Juracy Assmann Saraiva, que integra a comissão organizadora dos eventos, diz que estes celebram o encontro daqueles que valorizam a Língua, a Literatura e as múltiplas linguagens. “A capacidade da palavra de formar, de transformar, de ser a abertura para a existência é o que move a nós, professores de Língua e de Literatura, particularmente, porque temos ciência de que vivemos uma crise da cultura, em que a deterioração de valores encontra eco na subalternidade conferida às disciplinas que ministramos”, afirmou na cerimônia de abertura, após a apresentação da Orquestra de Sopros de Picada Café.
Juracy lembrou que 12% dos brasileiros são analfabetos funcionais.
Essa incompetência leitora afeta a garantia do acesso ao conhecimento, à capacidade reflexiva, ao aprimoramento da sensibilidade e à compreensão da complexidade da natureza humana, deficiências que avultam em uma sociedade dominada pela tecnologia e pela economia de mercado e que explicam o descaso em relação ao nosso patrimônio cultural e ambiental e em relação à vida humana”, criticou, enfatizando o valor profissional dos que ali estavam. “Como professores de língua e de literatura, somos indispensáveis”, concluiu.
O pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Universidade Feevale, João Alcione Sganderla Figueiredo, por sua vez, disse aos participantes que eles estavam ali porque acreditavam numa transformação.
Uma voz tem ecoado na sociedade, que é não deixar morrer a nossa cultura, a nossa história e a nossa literatura”, frisou.