Estigmas do sangue menstrual no território escolar será tema de formação | Universidade Feevale

Estigmas do sangue menstrual no território escolar será tema de formação

16/07/2021 - Atualizado 17h30min

Curso integra o convênio Educação Antidiscriminatória, firmado entre a Universidade Feevale e a Secretaria Municipal da Educação de Novo Hamburgo

criança na midia

O grupo Criança na Mídia: núcleo de estudos em Comunicação, Educação e Cultura, da Universidade Feevale, e a Secretaria Municipal da Educação de Novo Hamburgo (Smed), por meio do convênio Educação Antidiscriminatória, realizam a formação docente Estigmas do sangue no território escolar: ressignificando tabus e preconceitos acerca da menstruação com educadores. O curso iniciará nesta segunda-feira, 19, e visa dialogar a respeito do tema com os professores da rede municipal de ensino de Novo Hamburgo.

A formação será ministrada pela jornalista Caroline Luiza Willig, doutoranda em Processos e Manifestações Culturais pela Universidade Feevale. A proposta é reunir profissionais da Educação sem distinção de sexo, gênero ou área do saber, que vivem o cotidiano escolar na rede pública, para uma dialogarem a respeito dos estigmas do sangue menstrual e seus imbricamentos, entre eles a falta de visibilidade menstrual, a pobreza menstrual e a necessidade de se trilhar caminhos para uma educação menstrual interdisciplinar e interseccional.

“A temática se mostra urgente de ser debatida pela educação, considerando os alarmantes índices envolvendo a falta de conhecimento e insumos para lidar com o período menstrual no Brasil. Cerca de 25% de adolescentes entre 12 e 17 anos não têm itens de higiene ou informações para lidarem com o período de forma digna, segundo pesquisa de 2018 da Sempre Livre, que caracteriza a situação como ‘pobreza menstrual’. Além disso, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015, 1,5 milhão de brasileiras que menstruam vivem sem banheiro. No cenário escolar, os índices demonstram que cerca de 213 mil estudantes frequentam escolas sem banheiro em condições de uso para trocarem o absorvente. Deste último percentual, a pesquisa aponta que 65% são pessoas negras”, destaca Caroline.

A atividade ocorrerá de forma on-line e contará com quatro encontros mensais, às segundas-feiras, das 15h às 17h. Podem participar da formação professores que integram a rede municipal de ensino de Novo Hamburgo. As inscrições, que devem ser realizadas diretamente com a Smed, são limitadas e serão preenchidas por ordem de adesão.

Confira a programação

Encontro 1 - 19 de julho, às 15h

Educação: “Que vergonha!”

Objetivo: os preconceitos e tabus que cercam a menstruação foram e são culturalmente tecidos. Compreender como e a forma como se estabeleceram é essencial para ressignificá-los.


Encontro 2 – 17 de agosto, às 15h

Representação midiática: “sangue azul?”

Objetivo: como a menstruação é representada na mídia? A proposta é observar e absorver os discursos das propagandas, reportagens, redes sociais e produções cinematográficas, para então refletir sobre os seus papéis que podem reforçar ou quebrar os preconceitos e tabus cristalizados.


Encontro 3 | 14 de setembro, às 15h

Interseccionalidade, diversidade e equidade: quem pode menstruar?

Objetivo: somente as mulheres podem menstruar? As relações com corpos que possuem ciclos menstruais na sociedade contemporânea são equânimes? Este encontro busca refletir sobre a menstruação de maneira interseccional, considerando os marcadores sociais como sexo, gênero, raça, localização geográfica, idade e poder aquisitivo.


Encontro 4 – 4 de outubro, às 15h

Desmistificando e ressignificando estigmas

Objetivo: detectar, nomear e classificar as categorias discursivas criadas a partir das cristalizações de estigmas que envolvem a menstruação. E, então, ressignificá-las por meio de iniciativas e intervenções que repensem os preconceitos e tabus que envolvem a temática, pensando na educação menstrual através de caminhos interseccionais e interdisciplinares.

 

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