Servidores de 14 cidades que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos concluíram a formação

O projeto social Laboratório de Vulnerabilidades, Riscos e Sociedade (Lavurs), desenvolvido pela Universidade Feevale, certificou 37 servidores públicos, de 14 municípios que integram a Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, para aturem na defesa civil. Eles concluíram a Capacitação de agentes voluntários municipais para atuação nas atividades de proteção e defesa civil, que foi finalizada nesta quinta-feira, 22, com a cerimônia de certificação realizada no Câmpus II da Feevale, em Novo Hamburgo.

Participaram da solenidade o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Universidade Feevale, Fernando Spilki; a professora Danielle Martins, do curso de Engenharia de Produção e líder do Lavurs; a promotora pública Ximena Ferreira, da Promotoria de Justiça de Taquara e da Regional Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos; e Cláudio da Rocha, coordenador da Oficina Regional de Defesa Civil do Vale do Paranhana, além de outras autoridades regionais e municipais.

Na abertura do evento, Spilki destacou a importância do espaço ofertado pela Feevale para o desenvolvimento e capacitação das pessoas. “É sempre uma alegria ver a Universidade se destacando em iniciativas como essa, que demonstram a preocupação com a comunidade e que primam pela qualificação de uma atuação tão importante como a da defesa civil”, destacou.

Desejo que o conhecimento adquirido faça vocês se desenvolverem ainda mais como profissionais, nesta que é uma área que torna a atuação cada vez mais importante, tendo em vista a quantidade de transformações e de eventos extremos que passamos a enfrentar com cada vez mais frequência”, complementou.

Logo depois, a promotora Ximena ministrou a palestra Responsabilidade na gestão do risco, no qual abordou a prevenção dos desastres naturais, citando alguns que aconteceram recentemente no país, como o ciclone extratropical de 2008 no Estado e as chuvas e deslizamentos de terra em Petrópolis, no Rio de Janeiro, neste ano. “A lei mais nova que temos neste âmbito é a de proteção e defesa civil, mas nos faltam instrumentos, vontade de tirá-los do papel e deficiência de implementação”, alertou a promotora, acrescentando que, muitas vezes, o desastre não pode ser evitado, mas pode ser feita a redução do dano causado.

Cláudio da Rocha, coordenador da Oficina Regional de Defesa Civil do Vale do Paranhana, enfatizou a importância da formação: "Aprimora o conhecimento do servidor para que ele possa estar mais preparado para, coletivamente, ter capacidade de coordenação e integração, visando dar uma resposta rápida e organizada à comunidade".

Já a professora Danielle Martins enfatizou que o legado da capacitação é o trabalho em rede.

O que fica de lição deste curso é como queremos ver os nossos munícipios daqui para frente, se planejando para minimizar os estragos com os quais, infelizmente, vamos precisar conviver e lidar pelo advento das mudanças climáticas. Que continuemos conversando e pensando em ações reais para enfrentar os problemas futuros”, finalizou.

Saiba mais

A capacitação foi realizada por uma parceria entre a Feevale, por meio do projeto social Laboratório de Vulnerabilidades, Riscos e Sociedade (Lavurs), o Ministério Público, representado pela Promotoria Regional de Taquara, e a Oficina Regional de Defesa Civil do Vale do Paranhana. A formação contou com 40 hora/aulas e participantes de Capela de Santana, Estância Velha, Ivoti, Glorinha, Canela, Gramado, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo, Sapiranga, Canoas, São Leopoldo, Presidente Lucena, Taquara e Dois Irmãos.

O objetivo é capacitar servidores públicos dos municípios que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, integrantes ou não dos órgãos municipais de Defesa Civil, para atuarem como agentes voluntários. Com a formação, estão aptos a auxiliar na criação de núcleos operacionais de proteção e defesa civil, contribuindo para a redução de tempo e aumentando a qualidade das respostas nas atividades preventivas e recuperativas de eventos adversos extremos, naturais ou tecnológicos.