Museu Nacional do Calçado completa 25 anos de preservação da memória do setor coureiro-calçadista

19/10/2023 - Atualizado 14h26min

museu nacional calçado

Localizado no Câmpus I da Universidade Feevale, espaço possui um acervo de mais de 45 mil peças que conservam a história do produto e da comunidade

Nesta sexta-feira, 20 de outubro, o Museu Nacional do Calçado (MNC) está de aniversário. Localizado no Câmpus I da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo, o espaço conserva, há 25 anos, a memória do setor coureiro-calçadista, preservando sua história e cultura. Para cumprir com esse papel social, cultural e educativo, promove exposições, encontros, cursos, seminários e palestras, entre outras atividades.

O MNC foi criado em 20 de outubro de 1998, por meio do decreto municipal 159/98 – pelo então prefeito de Novo Hamburgo, José Airton dos Santos. Seu proponente e primeiro diretor executivo foi Cleber Prodanov, agora reitor da Feevale. Com apoio da Universidade e de entidades empresariais, em setembro de 1999, o espaço abriu suas portas à comunidade, realizando a primeira exposição em sua sede.

De acordo com o reitor, o MNC é importante para que se mantenha viva a história de Novo Hamburgo e da região do Vale do Sinos, em relação ao produto de maior expressão e que deu visibilidade a essas comunidades, que é o calçado.

O Museu, além de ser um lugar de preservação dessa memória, também é um local que olha para o futuro, porque, hoje, ele é um laboratório, recebendo visitas de técnicos de empresas, de designers e de profissionais da moda, em uma renovação de ciclos, configurando-se como um espaço de pesquisa para o setor calçadista”, afirma Prodanov.

Conforme explica Luis Henrique Rauber, diretor do Instituto de Ciências Humanas e Sociais, setor que responde pelo MNC na Feevale, o fato de o Museu ser administrado pela Instituição e apoiado por entidades empresariais possibilita diversas atividades.

O espaço é um agente cultural, educacional e de pesquisa voltado ao setor produtivo, à cultura material e à comunidade. As visitações individuais são o que mais é conhecido pelo público, mas, além disso, todos podem participar de projetos através das exposições, visitas guiadas, pesquisas, realização de fotos, documentários, concursos, palestras e exposições itinerantes. Nosso espaço é dinâmico e serve de apoio à comunidade, com o objetivo de manter um registro de nossa história e cultura”, ressalta Rauber.

Evento comemorativo

Um dos eventos comemorativos dos 25 anos do MNC (que também será alusivo aos 45 anos da Fundação Ernesto Frederico Scheffel) será o bate-papo Museus e espaços culturais: desafios para acessibilidade. A atividade será ministrada pela professora Célia Aguiar de Sousa, do Instituto Politécnico de Leiria (Portugal), que também é colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social da Feevale. O evento, que contará com a presença de gestores culturais de cidades da região, acontecerá no dia 17 de novembro, às 11h, na Fundação Scheffel (Av. Gen. Daltro Filho, 911, bairro Hamburgo Velho), em Novo Hamburgo.

Saiba mais

O acervo do Museu possui peças raras que foram produzidas em diferentes épocas e continentes. Ao todo, são mais de 45 mil itens, que têm ligação direta com a evolução do setor calçadista, sendo que a primeira doação ao MNC foi feita por Gilberto Simon. Parte do acervo encontra-se exposto, sendo a maioria reservada para consultas históricas e pesquisas.

Em 2022, foi lançado o livro Aos Seus Pés – Percorrendo a História do Calçado. De autoria de Cleber Prodanov, Camila Brum e Ida Helena Thön, a publicação destaca o acervo do Museu Nacional do Calçado, focando desde a trajetória do sapato até a sua compreensão como item de fetiche. Repleta de imagens, cores e formas, a obra traz a contextualização histórica e evolutiva do calçado, a definição de diversos modelos e suas características e, ainda, a análise do calçado como um objeto de sedução. O livro pode ser acessado no site do Museu (www.mncalcado.com.br).

O Museu Nacional do Calçado está aberto à visitação de segunda a sexta-feira, das 9h15min às 11h30min e das 14h às 18h. Nos sábados ou em outros horários, as visitas podem ser feitas mediante agendamento pelo telefone (51) 3584-7101. A entrada é gratuita.