Guilherme Becker é repórter da Deutsche Welle, empresa de comunicação alemã localizada na cidade de Bonn

Capacitar os estudantes para produzirem conteúdos que ajudem as pessoas a compreender o mundo. Esse é o objetivo do curso de Jornalismo da Universidade Feevale, que forma profissionais comprometidos com a veracidade dos fatos, o interesse público, a liberdade de expressão e o direito à informação.

Guilherme Becker, egresso do curso, formou-se em 2005 na Instituição e, hoje, coloca o seu conhecimento em prática cobrindo temas como política, economia e meio ambiente sobre o Brasil, a Alemanha e o mundo, pela Deutsche Welle, uma empresa de comunicação alemã pública fundada em 1953 e localizada em Bonn. Atualmente, o jornalista atua de forma constante na cobertura da guerra provocada pela invasão russa à Ucrânia.

Becker conta que decidiu ser jornalista logo no início da adolescência e iniciou sua trajetória profissional em pequenos jornais e agências de comunicação no Vale do Sinos. A partir dos anos 2010, trabalhou na Zero Hora - hoje GaúchaZH -, onde foi repórter e editor de editorias como Geral e Esporte. Em 2014, ele foi chamado para um estágio na Deutsche Welle, a qual tem redações em 30 idiomas que cobrem diversas regiões de todo o mundo, inclusive o Brasil. No ano seguinte, o egresso permaneceu na Alemanha por cinco meses.

Em 2018, o jornalista iniciou um mestrado em estudos europeus intitulado Euroculture: Society, Politics and Culture in a Global Context, focado em questões como identidade, economia e migração da Europa e do mundo. Becker formou-se em 2020 pelas universidades de Göttingen, na Alemanha, e Groningen, na Holanda. Hoje, ele relata que está com a maior parte do trabalho focado em cobrir a guerra causada pela invasão da Rússia a partir de informações de jornalistas e agências que estão na Ucrânia e em outros países.

A cobertura é feita a partir de Bonn, o que, mesmo não sendo in loco, Becker considera uma experiência única e, ao mesmo tempo, desgastante.

É uma questão delicada. Trabalhamos com um número avassalador de informações e, todos os dias, o número de refugiados aumenta, assim como o número de mortes e bombardeios. Os fatos correm muito rapidamente, e esse é o grande desafio do jornalista em uma cobertura como essa”, destaca.

De acordo com o egresso, o mundo vive uma era de constantes ruídos de comunicação e, por isso, combater informações falsas, as famigeradas fake news, é o principal papel do jornalista. “No dia a dia, coloco em prática meus conhecimentos jornalísticos preservando a verdade e combatendo as mentiras espalhadas nos próprios grupos de WhatsApp, por exemplo”, ressalta.

A graduação foi fundamental para além do conhecimento acadêmico, mas também para a formação do seu caráter profissional, de acordo com o jornalista.

A universidade, por si só, não vai te transformar em um jornalista completo, pois é preciso praticar, errar e acertar, e isso faz parte da vida fora da academia. Mas a base teórica é extremamente importante para a formação intelectual de um profissional qualificado”, pontua.

Por fim, Becker lembra que ingressou na Universidade Feevale quando o projeto do então novo curso de Jornalismo estava começando, e sente-se orgulhoso por isso. “Aprendi demais. Tive professores e colegas excelentes, que me ensinaram muito. Quando olho para trás, vejo que valeu muito a pena”, finaliza.