Pesquisadora da Feevale integra conselho que avalia espécies de animais ameaçadas de extinção | Universidade Feevale

Pesquisadora da Feevale integra conselho que avalia espécies de animais ameaçadas de extinção

24/06/2022 - Atualizado 16h39min

Marina Schmidt Dalzochio foi convidada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Marina Dalzochio

A bióloga do projeto de Combate e Prevenção ao Mosquito Aedes aegypti e pesquisadora do Laboratório de Vulnerabilidades, Riscos e Sociedade (LavuRS) da Universidade Feevale, Marina Schmidt Dalzochio (foto), é uma das integrantes da equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que avalia espécies ameaçadas de extinção. O conselho, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, analisa o status de conservação desses animais a fim de verificar se estão em preservação ou perigo. “Todas as espécies precisam de cuidado, mas que as que têm risco de extinção merecem atenção redobrada”, ressalta Marina.

Desde a graduação até o pós-doutorado, Marina estuda os insetos conhecidos cientificamente como odonatos e popularmente chamados de libélulas.

Hoje, aqui na região Sul, existem poucos pesquisadores que estudam esses insetos aquáticos, pois a maioria dos profissionais está concentrada na região Norte e Nordeste”, pontua.

Segundo a pesquisadora, o trabalho feito pelo ICMBio influencia na redução de problemas ambientais e na criação de unidades de conservação, devido aos esforços de pesquisa e das ações públicas que são tomadas a partir do levantamento realizado. “Temos uma série de distúrbios e desastres ambientais que não estariam acontecendo se nós conservássemos melhor a nossa diversidade e tivéssemos planos de conservação melhores”, destaca.

Reunião

O levantamento é realizado em cinco etapas, que englobam oficinas práticas para analisar determinados grupos de espécies. A partir deste ano, a pesquisa será produzida anualmente, de forma on-line, com a participação de pesquisadores de cada região, para que, assim, seja possível fazer uma avaliação mais específica e detalhada. O primeiro encontro ocorreu, em novembro de 2021, para que os pesquisadores se inteirassem do assunto. Na reunião, foram avaliadas 470 espécies de libélulas que não estão em risco de extinção.

Já na segunda oficina, que aconteceu em março deste ano, foram selecionados cerca de 300 animais que ficaram pendentes e outros incluídos posteriormente na lista brasileira. Novamente, as espécies não estavam em perigo de extinção. Na última reunião realizada, neste mês, foram abordadas as espécies ameaçadas e vulneráveis. São cerca de 120 animais que estão sendo avaliados diariamente. Ainda estão previstos mais dois encontros para discussão e análise de outras espécies, cujas atividades não possuem datas definidas.

Marina, que representa a região Sul do país no conselho do ICMBio, afirma que é um trabalho importante, pois mostra a relevância da ciência e da pesquisa para a tomada de decisões.

Uma vez que a lista feita pelos pesquisadores será publicada, propostas de políticas públicas, planos de ação nacional e redução de impacto, entre outras questões, podem ser embasadas pelo levantamento”, explica.

“É um vislumbre para todo pesquisador quando tu estudas uma espécie e acabas sendo reconhecido e chamado para esse tipo de conselho. Tu entendes que, a partir daquele momento, tu estás transformando o amor pela tua pesquisa em um produto efetivamente relevante para a sociedade, buscando sustentabilidade, desenvolvimento e qualidade ambiental”, finaliza.

 

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