Neste cenário, Universidade Feevale realiza ações para facilitar o acesso de seus acadêmicos ao mercado de trabalho
O Banco Mundial divulgou, na última semana, o relatório Emprego em Crise: trajetória para melhores empregos na América Latina pós-Covid-19. O documento apresenta uma profunda avaliação dos efeitos da pandemia sobre o emprego na América Latina e no Caribe, os quais os estudiosos chamam de cicatrizes. Uma das conclusões do estudo é que os trabalhadores com ensino superior não sofrem tanto os impactos das grandes crises, em termos salariais, e vivenciam, apenas, impactos de curta duração em matéria de emprego, em comparação a trabalhadores com menor escolaridade.
O relatório projeta, também, que os efeitos sobre o emprego e os salários dos trabalhadores ainda persistem por nove anos após o início da crise. Nesse cenário, e principalmente no Brasil, em que o salário de quem possui curso superior, praticamente, dobra em relação a quem não possui (conforme dados do relatório Education at a Glance, de 2020, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE), a Universidade Feevale realiza ações para facilitar o acesso de seus acadêmicos ao mundo do trabalho. A Instituição mantém um grupo de trabalho responsável por gerir a pauta da empregabilidade, direcionando as ações a fim de aumentar, cada vez mais, o número de seus alunos em destaque no mercado de trabalho, incrementar parcerias com empresas e acompanhar estudantes e egressos em busca de colocação.
No dia 30 junho, por exemplo, estavam cadastradas 359 vagas no total, entre empregos e estágios, no endereço www.feevale.br/oportunidades, site que conecta os acadêmicos da Universidade a empresas em busca de novos profissionais. A cada mês, são cadastradas, em média, 300 novas vagas. Já o número de empresas com cadastro ativo na plataforma, no final de junho, era de 856.
Para a pró-reitora de Ensino da Feevale, professora Angelita Renck Gerhardt, apesar de evidenciar uma maior desigualdade da renda, na América Latina, o relatório do Banco Mundial reafirma uma realidade conhecida desde o início do século – na sociedade do conhecimento, o que determina a classe social é o conhecimento e as competências para trabalhar em atividades que não são substituíveis por máquinas ou inteligência artificial.
Por isso, a graduação e a pós-graduação são as opções mais seguras para quem busca melhorar as suas condições de vida e das suas famílias. Além da profissão em si (e das respectivas reservas de mercado), a formação em nível superior amplia as opções de atuação profissional, permitindo que determinadas competências sejam demandadas, até mesmo, em atividades não diretamente relacionadas à graduação”, afirma a pró-reitora de Ensino.
Saiba mais
Núcleo de Apoio ao Estudante: apoioaoestudante@feevale.br
(51) 3586-8800, ramais 8824, 8818, 8962 e 9216
Sobre o relatório do Banco Mundial
Assinado por Joana Silva, Liliana D. Sousa, Truman G. Packard e Raymond Robertson, o relatório Emprego em Crise: trajetória para melhores empregos na América Latina pós-Covid-19 exemplifica que, no Brasil, os efeitos sobre o emprego e os salários dos trabalhadores ainda persistem por nove anos após o início da crise. Porém, os trabalhadores com ensino superior tendem a sofrer impactos pequenos da crise nos salários e sofrem apenas impactos de curtíssima duração nos empregos. No Brasil, estudos anteriores relacionados à crise de 2008-09 indicaram que uma forte resposta do emprego e dos salários à crise é encontrada apenas para trabalhadores com menor escolaridade, ao passo que os trabalhadores com nível superior não são significativamente afetados. Uma explicação é que há menos concorrência por empregos qualificados devido à relativa escassez de trabalhadores com ensino superior completo na região da América Latina e Caribe.
O estudo também avalia que, para trabalhadores menos qualificados (sem formação de nível superior), as perdas de rendimentos causadas pelas crises são persistentes. Os trabalhadores com ensino superior sofrem impactos mínimos da crise em seus salários, e os impactos em seus empregos são de duração muito curta.
Acesse o relatório Emprego em Crise: trajetória para melhores empregos na América Latina pós-Covid-19: http://wrld.bg/dnjS50FzEpS.
No gráfico ao lado:
Efeitos dinâmicos da crise financeira mundial nos trabalhadores por nível de qualificação: mostra os efeitos dos choques de demanda no nível das empresas, causados pela crise financeira global (registrada de 2008 a 2009), sobre os trabalhadores brasileiros e equatorianos com e sem ensino superior em termos de número médio de meses com emprego formal entre 2009 e 2017 (painel a) e salários reais médios mensais entre 2009 e 2017 (painel b). Estimativas negativas implicam em maiores reduções nos resultados correspondentes entre os trabalhadores empregados na época da crise financeira global em empresas que sofreram maiores reduções na demanda externa (em comparação com empresas menos afetadas). As linhas unem os coeficientes de cada ano. As amostras incluem cerca de 3 milhões de observações de trabalhador-ano para o Brasil e cerca de 800.000 observações de trabalhador-ano para o Equador.