Universidade Feevale socializa resultados do projeto de Combate e Prevenção à Dengue | Universidade Feevale

Universidade Feevale socializa resultados do projeto de Combate e Prevenção à Dengue

27/11/2019 - Atualizado 28/11/2019 10h35min

Evento de comemoração aos 10 anos do projeto aconteceu nesta quarta-feira

10 anos

Nesta quarta-feira, 27, a Universidade Feevale realizou o evento 10 anos do Convênio de Prevenção e Combate à Dengue: passado, presente e futuro, em parceria com a Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo. No encontro, foram abordadas questões sobre o mosquito Aedes aegypti e às doenças relacionadas a ele, bem como apresentado um histórico dos trabalhos realizados pela Instituição, com destaque à produção de conteúdo científico e dados gerados por pesquisadores e acadêmicos da Universidade. A atividade contou com a participação do secretário de Saúde de Novo Hamburgo, Naasom Luciano, e do pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Feevale, João Sganderla Figueiredo, bem como pesquisadores, bolsistas, voluntários do projeto e comunidade.

joao

Para Figueiredo, é muito importante ter uma parceria de política pública consolidada como essa.

O projeto Dengue, por todo a pesquisa e extensão que fazemos com ele, está para além de um serviço: está na confiança das pessoas que nos recebem em suas casas, nos riscos que nossos graduandos têm ao visitar os locais; é um projeto de coragem, de força, e os resultados que temos, em nível nacional, é impressionante. Parabéns a todos os envolvidos!”, diz.

municipio

Já na opinião de Luciano, a Universidade tem sido uma grande parceira do município na área da Saúde, ainda mais depois da assinatura do Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde (Coapes) entre a Feevale e administração pública.

Ficamos muito satisfeitos com essa parceria, ainda mais com uma instituição como a Feevale, que tem o propósito de servir à comunidade”, afirma.

De acordo com o biólogo Paulo Henrique Schneider, coordenador do projeto, o vírus da dengue se tornou, ao longo dos anos, um grande problema de saúde pública no Brasil.

Isso se deve, muito, em razão do clima quente e úmido, que forma condições ideais para proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da doença”, explica. “Soma-se a isso o aparecimento do vírus chikungunya, em 2014, e o vírus zika, em 2015, transmitidos pelo mesmo vetor. Essas doenças tiveram rápida dispersão, tendo sido registradas em todos os estados brasileiros a partir do ano de 2016”, relata.

palestra

Conforme Schneider, o crescente número de pessoas infectadas está diretamente ligado ao aumento do transmissor das doenças que, em 2019, só no Estado do Rio Grande do Sul, já foi identificado em 375 municípios. Esse aumento nos focos do mosquito Aedes aegypti tem se tornado uma das principais preocupações dos gestores públicos do Estado e, também, do município de Novo Hamburgo, em razão da grande densidade de mosquitos dentro dos limites territoriais.

O monitoramento e o controle do vetor constituem pré-requisitos indispensáveis para a prevenção e a administração das doenças, visto que a melhor forma para se evitar seus surtos é a identificação de locais com maiores índices de infestação e a eliminação ou o tratamento dos criadouros do mosquito. “Neste sentido, o Projeto de Combate e Prevenção à Dengue, realizado pela Feevale em parceria com a Prefeitura de Novo Hamburgo, se configura como uma importante ferramenta de planejamento estratégico e execução de atividades relacionadas à prevenção e controle de doenças veiculadas por Aedes aegypti, otimizando os programas governamentais”, garante Schneider.

O projeto, que visa planejar, organizar e executar ações de controle do Aedes aegypti e de prevenção das doenças zika, dengue e chikungunya, tem se mostrando um sucesso nas áreas de educação em saúde, educação ambiental, monitoramento e acompanhamento dos índices de infestação do mosquito, assim como na contenção de surtos e epidemias dentro dos limites territoriais do município. Confira alguns dados e resultados ao longo de sua execução:

  • Primeira parceria entre Feevale município firmada em 2008
  • Visitas domiciliares com tratamento químico: cerca de 5 mil imóveis trabalhados por semana – 6% dos imóveis do município
  • Pontos estratégicos: 80 locais monitorados quinzenalmente
  • Pesquisa vetorial especial: executada em casos de pacientes com suspeita de dengue, zika ou chikungunya, em um raio de 200 metros da residência, trabalho e/ou local de estudo do suspeito
  • Denúncias: auxílio à fiscalização municipal no atendimento a denúncias. Já foram feitos 147 pareceres técnicos desde o começo deste ano
  • Identificação de material biológico: 17.047 amostras identificados
  • São realizadas palestras e capacitações
  • É feito o georreferenciamento de casos suspeitos e focos
  • A equipe vinculada ao projeto passa, semanalmente, em média, por 4.469 imóveis
  • 178.758 imóveis trabalhados em 2019 (até outubro)
  • 10.340 focos de Aedes aegypti foram eliminados
  • 46 contenções de transmissão foram realizadas

Tipos de imóveis positivos para Aedes aegypti

  • 80% - residências
  • 3% - terrenos baldios
  • 2% - comércios
  • 2% - pontos estratégicos
  • 13% - outros (empresas, escolas, etc)
 

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