Reunião aconteceu nesta segunda-feira, 14, no Câmpus II da Universidade Feevale
Nesta segunda-feira, 14, a Universidade Feevale recebeu a secretária municipal de Educação de Novo Hamburgo, Simone Daise Schneider, para uma reunião sobre os resultados do convênio Educação Antidiscriminatória e planejamento das próximas ações. Participaram do encontro o reitor da Universidade Feevale, José Paulo da Rosa, o pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, Fernando Spilki, a pró-reitora de Ensino, Maria Cristina Bohnenberger, a coordenadora do grupo de pesquisa Criança na Mídia, professora Saraí Schmidt, a consultora de desenvolvimento de projetos educacionais, Janine Vieira, e o doutorando no Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social e pesquisador do Criança na Mídia, Alisson Brum. A reunião aconteceu no Câmpus II da Feevale.
O convênio Educação Antidiscriminatória foi lançado em 2021 entre a Feevale e a Prefeitura de Novo Hamburgo, com o objetivo de oferecer elementos para a construção coletiva de uma educação pública antidiscriminatória no município. As ações do convênio foram iniciadas de forma online durante a pandemia e depois prosseguiram de forma presencial, por meio de uma sequência de formações docentes e materiais pedagógicos que ratificam o comprometimento da Feevale em buscar alternativas para atender as demandas da comunidade diante dos desafios da educação no século XXI. As formações realizadas com a rede pública mobilizam pesquisadores dos Programas de Pós-Graduação em Processos e Manifestações Culturais e Diversidade Cultural e Inclusão Social da Feevale, além da integração do projeto de extensão Cidade Viva: crítica midiática como ato comunicacional antidiscriminatório.
Segundo o reitor José Paulo, o objetivo para este ano é ampliar cada vez mais as ações do convênio. “É essencial olharmos para os próximos passos com responsabilidade e compromisso. Por isso, este é também um momento de escuta e de construção, para que possamos fazer os encaminhamentos necessários, com base nas demandas reais do município”, destaca. Uma das propostas previstas para 2025 é formação docente Os perigos dos silêncios no território escolar: limites e possibilidades da Educação Antidiscriminatória. Estão previstas, também, a continuidade da integração com o projeto de extensão Cidade Viva, o desenvolvimento da campanha antirracismo Cadê a Minha Rua?, e o prosseguimento da campanha Criança não é propriedade, é responsabilidade.
Saraí ressalta que pesquisas recentes indicam a existência de correlação entre preconceito, discriminação e a aprendizagem dos estudantes. "É preciso humanizar os dados e potencializar um processo de mudança no ambiente escolar para promover a diversidade. Nosso convênio envolve ações específicas e pontuais que visam a mudança de comportamento. A proposta deste acordo de cooperação é o desenvolvimento de um programa sem custos para os cofres públicos e significativo impacto social promovendo a aprendizagem", explica.
Segundo Saraí, os resultados obtidos com o Convênio apontam que as formações realizadas a partir da parceria entre a Universidade e escolas públicas foram de extrema importância para a reflexão e a construção de novas práticas possíveis e antidiscriminatórias, tanto dentro da escola quanto com a comunidade. O convênio teve um avanço significativo tendo como diretriz a realização de um conjunto de formações docentes. Entre os principais resultados, está a participação dos pesquisadores do Grupo Criança na Mídia no planejamento coletivo e na formação da coordenação pedagógica das escolas de educação infantil e ensino fundamental, que promoveram debates sobre questões que envolvem a discriminação como racismo, homofobia, violências e cultura do sucesso numa perspectiva interseccional. Destaca-se, também, o curso intersetorial Violências em Pauta, que teve duas edições e envolveu as áreas da Educação, Saúde e Segurança para uma experiência de rede no território escolar.