Projeto social já capacitou mais de 200 pessoas para atuarem na área de confeitaria e panificação
As oficinas realizadas pelo projeto social Confeitaria e Panificação – Qualificação para o Mercado de Trabalho, promovido pela Universidade Feevale, retornaram para o sistema presencial neste semestre. O trabalho, realizado desde 2018, proporciona o aprendizado de diversas técnicas de confeitaria e panificação, desde a seleção das matérias-primas até o produto final, oferecendo capacitação e qualificação para inserção no mercado de trabalho. Até o momento, mais de 200 pessoas já passaram pelo projeto e encontraram uma nova forma de obter uma renda extra ou de empreender.
Neste semestre, 42 pessoas em situação de vulnerabilidade social participam das atividades do projeto. O público é indicado pelas instituições parcerias. São elas: Associação Beneficente Evangélica da Floresta Imperial de Novo Hamburgo (Abefi/Ação Encontro); Associação Evangélica de Ação Social em Novo Hamburgo (Aevas); Associação de Assistência em Oncopediatria (AMO Criança); Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Ivoti e de Novo Hamburgo; Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) de Santa Maria do Herval; Mitra da Diocese de Novo Hamburgo (Cáritas); Fundação Cidade do Menor São João Bosco (Lar da Menina); Prefeitura Municipal Novo Hamburgo; e Grupo Mulheres do Brasil de Novo Hamburgo.
Eu estou achando as oficinas muito legais, gosto e me sinto bem aqui na Feevale. Aprendi a fazer bolos de chocolate, pães e doces, entre outros. Adoro estar aqui, pois o espaço tem um clima diferente”, destaca Adriana Teixeira Carvalho, participante indicada pela Abefi/Ação Encontro.
Além das pessoas em situação de vulnerabilidade social, o projeto atende voluntários e membros das instituições parceiras para que eles possam atuar como multiplicadores nas entidades. Ângela Sueli Arnecke Weber, 57 anos, é professora da oficina de culinária da Apae de Novo Hamburgo e está participando pela segunda vez das atividades com o intuito de repassar o conhecimento adquirido para os alunos da associação. “É uma experiência muito interessante, pois recebemos muitas dicas e o conhecimento que aprendemos aqui facilita o nosso trabalho na Apae”, explica. Rainilda Inês Finger, 42 anos, é integrante da Apae de Ivoti e participa das atividades com a ideia de montar um projeto similar na entidade. “Tudo que aprendemos aqui é esclarecedor, pois podemos tirar dúvidas e conhecer os equipamentos e as técnicas de confeitaria e panificação”, afirma.
As oficinas acontecem nas segundas-feiras, das 9h às 12h, nos laboratórios de Gastronomia e Nutrição da Instituição. A equipe do projeto é composta pelos professores do curso de Gastronomia, Daniel Vicente Bonho e Paulo Eduardo Ferreira Machado, e pela docente do curso de Nutrição Simone Weschenfelder. Além disso, participam das oficinas os acadêmicos Paloma Caroline de Souza, Rawlinson Rodrigues dos Santos, Fábio Elias Burghausen, Thainara Acker Camargo, Viviane Mossmann do curso de Gastronomia, Stéfani Alana Zangalli Cassol, Stela Moraes Carvalho e Valnei Jairo Lamb, do curso de Nutrição, e Marcelo Dorneles Figueiró, do curso de Produção Audiovisual.
Paloma, estudante do 3º semestre, atua há um ano e meio como voluntária nas oficinas e afirma que trabalhar com a comunidade é desafiador, mas, também, incrível. “Entrei no projeto durante a pandemia, então ter, hoje, o contato presencial com os participantes é totalmente diferente. Ver a empolgação dos alunos na cozinha é muito bacana”, ressalta. Já Burghausen, também do 3º semestre, conta que começou a participar do projeto ainda nos encontros virtuais e, atualmente, estar com as pessoas de forma presencial é prazeroso. “É gratificante ensinar e poder passar o meu conhecimento, que aprendi na faculdade, para essas pessoas, pois vejo que elas gostam de aprender”, completa.
Segundo Simone Weschenfelder, coordenadora o projeto, a ideia das atividades é incentivar e inspirar mais instituições a fazerem ações sociais com a comunidade.
O número de desempregados aumentou durante a pandemia e as pessoas tiveram que se reinventar. Sem contar as pessoas que recebem cesta básica e não sabem como utilizar de forma proveitosa os produtos. Receitas comuns eles podem achar na internet, mas a técnica de produção e os detalhes eles aprendem ao longo das oficinas do projeto de Confeitaria e Panificação”, explica.
No final dos encontros, os alunos receberão uma apostila com todas as receitas ensinadas ao longo das oficinas, junto de uma declaração para que os participantes possam anexar ao seu currículo profissional. A formatura dos 42 participantes deste semestre está prevista para o mês de novembro.